AES Tietê (TIET11) registrou um lucro líquido de R$ 51,1 milhões no terceiro trimestre de 2020. Isso representa queda de 47,3% na comparação com igual período do ano passado.
De acordo com a empresa, o resultado foi impactado pela variação da despesa financeira, diante de atualização monetária de R$ 101 milhões do passivo dos riscos hidrológicos (conhecidos pela sigla GSF).
O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 184,7 milhões, uma elevação de 181 na comparação anual.
As despesas somaram R$ 76,4 milhões, em linha com o reportando no mesmo período de 2019 (R$ 77,0 milhões).
Ebitda
O lucro antes de juro, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 311,7 milhões, uma elevação de 22,3% em relação ao terceiro trimestre de 2019.
A margem Ebitda atingiu 61,2% no terceiro trimestre de 2020, alta de 11,3 pontos percentuais.
Conforme a AES Tietê, o desempenho se deve principalmente ao incremento da margem líquida consolidada em todos os ativos da companhia que agregou R$ 56,2 milhões nos resultados.
A receita líquida atingiu R$ 509,4 milhões no período, um recuo de 0,3% na comparação ano a ano.
Investimentos
A empresa investiu R$ 30,5 milhões no terceiro trimestre de 2020, 56% abaixo do investido em igual período de 2019.
Os aportes foram destinados principalmente para expansão, modernização e manutenção.
A Companhia prevê investir aproximadamente R$ 1,4 bilhão no período de 2020 até 2024.
Dívida
A dívida líquida encerrou o setembro em R$ 2,8 bilhões, queda de 4,8% em relação a igual período de 2019.
Confira os destaques do balanço da AES Tietê:
Segundo trimestre
No segundo trimestre, a AES Tietê registrou um lucro líquido de R$ 119 milhões no segundo trimestre de 2020, alta de 236% em relação ao mesmo período de 2019.
De acordo com a companhia, o desempenho foi puxado pelo aumento do Ebitda e melhora no resultado financeiro.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 275,6 milhões, uma elevação de 21,8%.
A margem Ebitda atingiu 58%, uma elevação de 11,4 pontos percentuais.
De acordo com a AES Tietê, o resultado se deve principalmente ao incremento da margem líquida consolidada em todos os ativos da companhia que agregou R$ 48,8 milhões nos resultados e manutenção das despesas operacionais.
AES Tietê: venda do BNDESPar
Em agosto, a AES Tiete informou que foi comunicada pelo seu controlador indireto, a AES Corp, sobre a conclusão da comprapela AES Holding da participação de 18,5% de seu capital do BNDESPar.
Assim, a AES passou a deter, por meio de suas controladas, 42,9% do capital social da AES Tietê e o BNDESPar ficou com 9,91%.
O comunicado distribuído ao mercado informa ainda que, após a transação, o direito de veto do BNDESPar em assuntos da administração, eleição de conselheiros e direito de alienação conjunta deixa de vigorar.
O documento reitera que a AES Tietê irá propor em até seis meses ao conselho de administração e aos acionistas a proposta de migração da companhia para o segmento especial de listagem da B3 denominado Novo Mercado.
Energia eólica com Unipar Carbocloro (UNIP6)
Em setembro, a Unipar Carbocloro (UNIP6) e a AES Tietê informaram a finalização da constituição de uma joint venture (JV) para geração de energia eólica.
Segundo o comunicado, o projeto de JV possui 155 MW de capacidade eólica instalada.
“Isso equivale a 78 MW médios de energia assegurada, sendo que 60 MW médios foram comercializados por meio de um contrato com prazo de 20 anos firmado entre JV e Unipar”, informaram as companhias.
Atualmente, a fazenda eólica está em construção e faz parte do complexo eólico Tucano, localizado no Estado da Bahia.
A entrada em operação dos 155MW está prevista para o segundo semestre de 2022.
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