O Ibovespa opera em forte alta por volta das 16h30 desta quarta-feira (9), subindo 1,84%, aos 113.244 pontos e alinhado com os mercados do exterior.
A produção industrial do país registrou redução de 2,4% em janeiro, ante avanço de 2,9% em dezembro, informou o IBGE esta manhã.
Com isso, a indústria se encontra 3,5% abaixo do patamar pré-pandemia, e 19,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
Paralelamente, a incerteza no quadro internacional aumenta os receios com a inflação. E a discussão predominante é sobre o preço dos combustíveis.
Hoje (9), o presidente Jair Bolsonaro se reúne com os ministros da Economia, Casa Civil e Minas e Energia para tentar definir uma fórmula para evitar que as altas do petróleo sejam repassadas para as bombas de gasolina e diesel.
Na noite de terça (8), o ministro Paulo Guedes disse a jornalistas que não haverá congelamento de preços enquanto durar a guerra, que era uma das hipóteses aventadas para solucionar a questão. Para ele, o melhor caminho seria reformular o cálculo do ICMS sobre os combustíveis.
Vale lembrar que os preços dos combustíveis já estão defasados em relação ao mercado internacional e que a correção poderia ser de até 40% nos preços. A Petrobras (PETR3 PETR4) não repassa aumentos ao consumidor há mais de 50 dias.
Além do impacto nos preços, a alta dos combustíveis teria um custo político, já que estamos em ano de eleição presidencial.
Tá, mas e daí, o que isso diz ao investidor?
Uma revisão em peso para a inflação acontece justamente às vésperas da reunião do Copom.
Nos próximos dias 15 e 16, o comitê de política monetária do Banco Central define para onde vai a Selic – atualmente em 10,75%.
A princípio, era aguardada uma alta de mais 1 ponto porcentual. No entanto, com o novo cenário inflacionário, algumas casas já acreditam em 1,25 p.p.
A projeção para o final do ciclo de alta da Selic também é alterada: era 12,25%, mas vem se aproximando cada vez mais de 13%.
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Mercados do exterior
A guerra na Ucrânia continua, enquanto os mercados acompanham uma escalada nos preços das commodities e, consequentemente, na inflação.
Ontem (8), os EUA anunciaram a proibição das importações de petróleo e gás da Rússia, impulsionando ainda mais os preços no mercado internacional. O impacto, porém, avaliam os analistas, não deve perdurar muito, porque os EUA importam da Rússia apenas 3% do petróleo e gás consumidos.
O Reino Unido também afirmou que irá eliminar, até o fim do ano, as compras de petróleo e derivados da Rússia.
Na frente de batalha, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu em entrevista à rede de televisão americana ABC que está disposto à negociação e pode abrir mão do ingresso da Ucrânia à Otan.
A mensagem foi reforçada com a declaração do presidente ucraniano de que pode ceder a algumas das exigências dos russos tais como o reconhecimento das repúblicas separatistas do leste do país e a adoção da neutralidade.
Em indicadores, destaque hoje para o relatório Jolts, de mercado de trabalho nos EUA. Ele apontou a abertura de 11,3 milhões de postos de trabalho em janeiro, acima da projeção do mercado de 10.925 vagas.
Veja as cotações às 16h30:
Mercados de Nova York
- Dow Jones: +2,13%
- S&P: +2,68%
- Nasdaq: +3,52%
Mercados Europa
- DAX, Alemanha: +7,89%
- FTSE, Reino Unido: +3,44%
- CAC, França: +7,13%
- FTSE MIB, Itália: +6,95%
- Stoxx 600: +4,18%
Mercados Ásia
- Nikkei, Japão: -0,30%
- Xangai, China: -1,13%
- HSI, Hong Kong: -0,67%
- ASX 200, Austrália: +1,04%
- Kospi, Coreia: -1,09%
Petróleo
- Brent (dezembro 2021): US$ 111,30 (-13,03%)
- WTI (novembro 2021): US$ 109,14 (-11,80%)
Ouro
- Ouro futuro (dezembro 2021): US$ 1.987,90 (-2,71%)
Minério de ferro
- Bolsa de Dalian: US$ 128,67 (-3,85%)
