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Trump diz que é extremamente difícil fazer acordo com Xi Jinping

Trump diz que é extremamente difícil fazer acordo com Xi Jinping

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (4) que é “extremamente difícil” fechar um acordo com o presidente da China, Xi Jinping, ressaltando a complexidade das negociações bilaterais.

As declarações de Trump, divulgadas em sua conta no Truth Social, surgem em um momento de intensificação das tensões comerciais entre Washington e Pequim, que tentam se reposicionar após meses de impasses e trocas de acusações.

Trump endurece o tom sobre Xi Jinping

“Gosto do Presidente XI da China, sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é MUITO DURO E EXTREMAMENTE DIFÍCIL DE FAZER UM ACORDO!!!”, escreveu Trump na rede social, segundo publicação da CNBC. A fala reforça o tom crítico que a Casa Branca vem adotando nos últimos meses em relação às políticas chinesas, principalmente no campo comercial e tecnológico.

Apesar das dificuldades, autoridades indicaram que um contato entre os dois líderes poderia ocorrer ainda nesta semana. Segundo um alto funcionário da Casa Branca ouvido pela CNBC, Trump e Xi Jinping provavelmente conversariam em breve, embora não estivesse claro se a ligação já havia sido organizada.

Negociações comerciais paralisadas

As conversas entre Estados Unidos e China permanecem estagnadas. Scott Bessent, secretário do Tesouro americano, declarou na quinta-feira (29) que as negociações estavam “um pouco paralisadas” e que caberia aos líderes se pronunciarem para destravar o processo. As divergências se aprofundaram após o fracasso no cumprimento de um acordo firmado na Suíça em 12 de maio, que previa a suspensão de 90 dias da maioria das tarifas e a revogação de medidas comerciais retaliatórias.

Porém, a China não flexibilizou significativamente as restrições à exportação de terras raras, frustrando as expectativas dos EUA. Em contrapartida, Pequim criticou as ações de Washington, que incluem esforços para restringir o acesso chinês a tecnologias avançadas e a recente decisão do governo Trump de revogar vistos de estudantes chineses.

China acusa os EUA de minar seus interesses

A resposta oficial de Pequim veio através do ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, que em encontro com o novo embaixador americano, David Perdue, na terça-feira, afirmou que as recentes “medidas negativas” do governo Trump são baseadas em “razões infundadas” e prejudicam os “direitos e interesses legítimos” da China. Segundo o comunicado oficial, Perdue destacou que Trump tem “grande respeito” por Xi Jinping, reiterando o desejo de encontrar um meio-termo para restaurar as relações bilaterais.

Possível reaproximação entre os líderes

Especialistas interpretam os recentes gestos diplomáticos como sinais de uma possível aproximação. Para Neo Wang, economista e estrategista-chefe para a China na Evercore ISI, o encontro entre Perdue e Wang Yi foi uma tentativa de construir confiança, evitando que Xi Jinping seja “envergonhado por Trump após a ligação, com palavras ou ações”.

Trump e Xi não conversam diretamente desde janeiro, pouco antes da posse de Trump para seu segundo mandato. Embora Trump tenha manifestado interesse em retomar o diálogo, analistas apontam que Pequim só deve concordar com a conversa se houver garantias de que não será surpreendida por novas ações americanas.

Em meio a esse cenário, o embaixador David Perdue declarou, em uma publicação no X na terça-feira, que reforçou a Wang Yi as prioridades americanas: comércio, combate ao fentanil e imigração ilegal, além de defender a manutenção da comunicação entre os dois países.

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