O governo federal publicou nesta terça-feira (22) o novo relatório de receitas e despesas, com destaque para a liberação de R$ 20,6 bilhões do Orçamento de 2025. Com isso, o contingenciamento total foi reduzido para R$ 10,7 bilhões, sinalizando um alívio fiscal e maior espaço para a execução de políticas públicas ao longo do ano.
O documento também revisou para melhor a projeção do déficit primário de 2025, que passou de R$ 31 bilhões para R$ 26,3 bilhões. Incluindo os pagamentos de precatórios, a estimativa de déficit fiscal recuou de R$ 97 bilhões (0,8% do PIB) para R$ 74,9 bilhões (0,6% do PIB), refletindo um cenário mais favorável para as contas públicas.
Segundo o relatório de receitas e despesas, a arrecadação federal foi revisada para cima. As receitas primárias devem atingir R$ 2,924 trilhões, um aumento de R$ 25,4 bilhões em relação à projeção anterior. Já as receitas líquidas foram elevadas em R$ 27,1 bilhões, alcançando R$ 2,345 trilhões.
Relatório de receitas e despesas: crescimento de R$ 5 bi nos gastos
Do lado das despesas, o documento aponta um crescimento de R$ 5 bilhões nas despesas primárias, que somam agora R$ 2,420 trilhões. As despesas obrigatórias subiram R$ 5,1 bilhões, totalizando R$ 2,209 trilhões, enquanto as despesas discricionárias foram ligeiramente reduzidas em R$ 100 milhões, passando para R$ 210,5 bilhões.
O novo relatório de receitas e despesas substitui totalmente o contingenciamento anterior de R$ 20,7 bilhões, mas mantém um bloqueio parcial de R$ 10,7 bilhões, o que indica cautela por parte da equipe econômica. Ainda assim, o documento evidencia maior confiança do governo na trajetória fiscal de 2025, embora o cumprimento das metas do arcabouço fiscal continue a exigir monitoramento constante.
