A S&P Global informou nesta sexta-feira (1°) que em agosto o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria brasileira subiu a 50,1, de 47,8. A marca de 50, que separa crescimento de contração, foi atingida pela primeira vez em dez meses, o que indica estabilidade do setor.
A indústria brasileira mostrou sinais de recuperação em agosto, com leve aumento nos volumes de produção e vendas, diante de uma melhora na demanda.
“A melhora na demanda, aliada a expectativas otimistas de negócios, estimulou o aumento das contratações, enquanto os níveis de compras se mantiveram estáveis de modo geral. Ao mesmo tempo, o excedente de oferta de insumos em relação à demanda instigou uma nova queda nos preços de compra. Os preços de fábrica também caíram a um ritmo historicamente acentuado“, apresenta a pesquisa.

O crescimento observado nos fabricantes de bens de consumo foi equiparável às quedas contínuas registradas nos setores de bens intermediários e de capital.
Os níveis elevados de estoques entre os fornecedores contribuíram para uma nova redução dos preços cobrados por eles. Os custos dos insumos diminuíram pelo quarto mês consecutivo em agosto, porém a um ritmo mais lento do que em julho. Entretanto, a queda foi uma das mais acentuadas registradas desde o início da pesquisa, em fevereiro de 2006.
Indústria brasileira: demanda internacional recua
Os pedidos internacionais diminuíram em agosto, dando continuidade à atual sequência de contração para um ano e meio. As empresas locais relataram uma demanda mais fraca dos clientes na Europa e América Latina.
Em meio a relatos de cenário positivo das vendas e esforços de reposição de estoques, os fabricantes aumentaram os volumes de produção em agosto, após uma sequência de nove meses de produção reduzida.
A taxa de crescimento foi apenas superficial, no entanto, segundo a pesquisa. O aumento se concentrou na categoria de bens de consumo, enquanto os fabricantes de bens intermediários e de consumo sinalizaram cortes.