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IDH global avança pouco, mas Brasil sobe cinco posições

IDH global avança pouco, mas Brasil sobe cinco posições

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global atingiu 0,756 em 2023, segundo o novo relatório divulgado nesta terça-feira (6) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Calculado com base em dados de renda, saúde e educação, o índice apresentou seu menor avanço desde o início da série histórica em 1990 — desconsiderando os anos críticos da pandemia (2020 e 2021). Apesar do cenário global preocupante, o Brasil registrou progresso.

IDH: Brasil sobe cinco posições

O país subiu cinco posições no ranking mundial, alcançando o 84º lugar entre 193 nações. O IDH brasileiro passou de 0,760 em 2022 para 0,786 em 2023, sendo classificado como de “alto desenvolvimento humano”. A ONU, no entanto, não especificou as razões exatas para a melhora na colocação do Brasil.

Esse avanço ocorreu no primeiro ano do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O relatório aponta que o desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, por melhorias nas áreas de renda e saúde.

O aumento da formalização no mercado de trabalho e a redução da taxa de desemprego contribuíram para a elevação da renda. Na saúde, o país conseguiu reverter perdas associadas à pandemia de covid-19. Por outro lado, o desempenho na educação continua estagnado.

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Brasil fica acima da média da América Latina e Caribe

O IDH varia de 0 a 1, sendo que valores mais altos indicam melhores condições de desenvolvimento. O índice do Brasil ficou ligeiramente acima da média da América Latina e Caribe, que é de 0,783.

No contexto regional, o país está em posição intermediária — atrás de Chile (45º), Argentina (47º), Uruguai (48º), Peru (79º) e Colômbia (83º).

Islândia lidera ranking global

O ranking global é liderado pela Islândia (0,972), seguida por Noruega e Suíça (ambas com 0,970). No extremo oposto, o Sudão do Sul ocupa a última colocação, com IDH de apenas 0,388.

O relatório também destaca que a expectativa de vida, uma das principais variáveis do índice, teve crescimento mais lento nos últimos dois anos — metade do ritmo registrado antes da pandemia — e foi o principal fator para a desaceleração global no desenvolvimento humano, classificada pelo Pnud como “sem precedentes”.

Além disso, o estudo dedica atenção ao papel emergente da inteligência artificial. Para o Pnud, a IA tem potencial para impulsionar o desenvolvimento humano, desde que utilizada de forma responsável e centrada nas pessoas.

Em pesquisa conduzida em 21 países, 20% dos entrevistados afirmaram já utilizar IA no dia a dia. Cerca de 50% temem que seus empregos possam ser automatizados, mas 60% enxergam a tecnologia como uma oportunidade de gerar novos empregos — essa percepção chega a 70% entre cidadãos de países com IDH baixo e médio.

Entenda o IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano resume o desempenho médio de um país em três dimensões fundamentais: saúde (avaliada pela expectativa de vida ao nascer), educação (medida pela média e expectativa de anos de estudo) e padrão de vida (mensurado pela renda nacional bruta per capita). A média geométrica entre esses três indicadores resulta no valor final do IDH.

Mais do que uma simples métrica, o índice permite comparar países com níveis semelhantes de renda e verificar como políticas públicas diferentes impactam a qualidade de vida da população, servindo como ferramenta para análise e formulação de políticas sociais.