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Credit Suisse não deve ser afetado pela turbulência dos EUA, diz banco da Suíça

Credit Suisse não deve ser afetado pela turbulência dos EUA, diz banco da Suíça

O Banco da Suíça não teme risco de contágio direto decorrente de turbulência dos EUA, disse, em relação ao Credit Suisse.

A afirmação diz respeito a uma suposta crise de liquidez por conta de dois bancos que foram socorridos pelo governo norte-americano.

Trata-se do Silicon Vallei Bank, bem como o Signature Bank, que chegaram bem próximos de quebrar, mas foram blindados pela autoridade monetária do país.

Por conta disso, o Banco da Suíça destacou que a lei local exige que todas as instituições financeiras mantenham reservas de capital e liquidez que atendam ou excedam os requisitos mínimos dos padrões de Basiléia.

Também disse que os bancos sistemicamente importantes precisam atender a requisitos de capital e liquidez mais elevados, e isso permite que os efeitos negativos de grandes crises e choques sejam absorvidos.

Por conta deste panorama, as ações do Credit Suisse chegaram a cair mais de 20% na bolsa, nesta quarta-feira (15), como reflexo da negativa por parte de seu maior acionista, que se recusou a aportar mais capital na instituição.

Na prática, pode-se dizer que o Credit Suisse vive uma crise de insolvência, ou seja, uma suposta incapacidade de cumprir com seus compromissos.

Por isso, a The U.S. Securities and Exchange Commission (SEC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliáris (CVM) no Brasil, fez uma série de questionamentos ao banco, obrigando-o a adiar a divulgação de seus números corporativos.

Na sequência de seu “mau momento”, veio à tona os problemas relacionados aos dois bancos norte-americanos e as autoridades e executivos correram para saber se o Credit Suisse estava alavancado. O jeito foi pedir socorro à autoridade monetária de seu próprio país. E ela veio!

Imagem mostra o interior da Suíça.

Banco da Suíça: Credit Suisse

A importância do Credit Suisse está para além das fronteiras de seu país. Isso porque o bancão já esteve entre os maiores do planeta e detém, até hoje, recursos de grandes fundos de investimentos, principalmente porque a Suíça abriga tantas instituições de renome.

Para se ter ideia dos grupos que aportam dinheiro no banco, o Saudi National Bank tornou-se o maior acionista do Credit Suisse no fim de 2022, depois de adquirir uma participação de 9,9%, em meio a um plano de reestruturação que incluiu a captação de US$ 4 bilhões com investidores, o corte de 9 mil empregos ao longo dos anos e o desmembramento da divisão de investimentos do banco.

De igual modo, o Qatar Investiment Authory também aumentou sua fatia, para cerca de 5%, durante a emissão de novas ações para que a instituição promovesse um aumento de capital no final de 2022. Outros acionistas relevantes do banco são o Olayan Group (4,93%) e a gestora de ativos Black Rock (4,07%), segundo o site do próprio Credit Suisse.

Entretanto, a crise bancária dos últimos dias foi apenas mais uma pedra de tropeço no caminho do Credit Suisse, que luta para não afundar desde 2021, quando sofreu perdas bilionárias devido ao colapso do Greensill Capital Management e do Archegos Capital Management, o “family office” ligado ao investidor sul-coreano Bill Hwang.

Ao abrir os livros fiscais do banco, as auditorias tomaram um susto ao identificar deficiências processuais que causaram a crise. As incertezas provocaram um êxodo de investidores e de clientes, até então não revertida.

Atualmente, o banco está em processo de reestruturação, implementada pelo Ulrich Koerner, nomeado diretor-presidente como parte de uma reformulação total do alto escalão após os escândalos que minaram a credibilidade do banco, fundado em 1856.