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BTG (BPAC11) mantém recomendação de compra para Tenda (TEND3)

BTG (BPAC11) mantém recomendação de compra para Tenda (TEND3)

O BTG Pactual (BPAC11) analisou a atuação da Tenda (TEND3), em relatório que foi publicado nesta quinta-feira (12). Segundo a instituição financeira, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 67 milhões e obteve queda de 6% em seu valor patrimonial. Apesar dos obstáculos, o BTG manteve a sua recomendação para compra de ações, no preço-alvo de R$ 40.

A incerteza do mercado imobiliário brasileiro causou impacto nos números da Tenda,  que reportou prejuízo líquido de R$ 0,70/ação, com o consumo de caixa maior do que o previsto pelo banco de investimentos. A empresa também contabilizou a receita líquida de R$ 581 milhões, o que significa queda de 4% ao ano.

O lucro bruto foi de R$ 120 milhões, com redução de 36% no a/a e 5% acima das estimativas do BTG. Este fraco resultado contribuiu para a margem de 20,6%, impactada por um pequeno excesso de custos com construção e inflação. Desta forma, a construtora anotou perda de R$ 67 milhões, o que representa cerca de 6% do seu valor patrimonial.

BTG (BPAC11): grande queima de caixa

A Tenda registrou alta queima de caixa de R$ 265 milhões durante o primeiro trimestre de 2022.  A empresa foi impactada por:

  • aumento do estoque;
  • menores transferências de clientes para bancos;
  • crescimento no número de financiamento direto aos clientes;
  • compra de terrenos da marca Alea;
  • compra antecipadas de matérias-primas.

Desta forma, a companhia encerrou o primeiro trimestre com a dívida líquida de R$ 622 milhões, o que institui o percentual de 54% em sua Dívida líquida/Patrimônio.

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“A Tenda também descumpriu seu covenant de dívida no 1T22 – o covenant exigia que a dívida corporativa (ou seja, excluindo a dívida do SFH) permanecesse abaixo de 15% do patrimônio total, mas atingiu 32% no primeiro trimestre.” informou trecho do relatório.

Cenário difícil para a Tenda (TEND3)

A construtora encontrou uma série de obstáculos ao longo do primeiro trimestre e o resultado era previsto pelo banco de investimentos.

“após uma grande superação de custos no 4T21, já prevíamos que as margens permaneceriam fracas por um tempo, o que provavelmente continuará durante todo o ano de 2022; e a geração de caixa também deve continuar pressionada por maiores custos de construção e mais financiamentos diretos aos clientes, além de mais investimentos em landbank para a marca Alea.” destacou o BTG.

Os números da Tenda deverão continuar pressionados,  e de acordo com o banco, deverá levar um tempo para que a empresa recupere a sua rentabilidade. Por fim, a construtora conseguiu manter o atrativo 0,45x P/VP em suas ações.