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Vale (VALE3): produção de minério de ferro cai 4% no 3TRI23

Vale (VALE3): produção de minério de ferro cai 4% no 3TRI23

A Vale (VALE3) informou que a produção de minério de ferro diminuiu 4% no terceiro trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022, principalmente devido à menor produção de run-of-mine do complexo de Paraopeba e à menor produção de Serra Norte. Os dados foram informados pela empresa nesta terça-feira (17) em fato relevante divulgado após o fechamento dos mercados.

Segundo a Vale, a produção do Sistema Norte diminuiu 1,5 Mt a/a devido a uma falha pontual no sistema de correia transportadora no S11D em agosto, com um impacto de aproximadamente 2 Mt. 

“Apesar desse evento pontual, a produção do S11D foi 0,4 Mt maior a/a, como resultado da melhoria consistente dos indicadores antecedentes de desempenho, incluindo o movimento de mina recorde da mina em setembro”, explicou a empresa. De acordo com a Vale, o desempenho de Serra Norte esteve em linha com o plano de produção para o trimestre.

A companhia informou ainda que a qualidade geral melhorou, com o teor de ferro aumentando 87 bps a/a. “Isso é resultado da maior produção no S11D e da maior produção de pellet feed de Brucutu com o comissionamento da barragem de Torto, aumentando a produção de pelotas em 11% a/a”, apontou a Vale (VALE3).

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A companhia produção do Sistema Sul diminuiu 2,6 Mt a/a, principalmente devido à menor produção de run-of-mine e às vendas do Complexo Paraopeba, e à parada temporária das operações de Viga devido à manutenção pontual do rejeitoduto.

Já a produção de pelotas aumentou 0,9 Mt a/a, impulsionada por um aumento no fornecimento de pellet feed de Brucutu e Itabira. Em agosto, a Vale iniciou os testes de comissionamento da primeira de duas plantas de briquete de minério de ferro em Tubarão. Após o ramp-up, a capacidade combinada atingirá 6 Mtpa.

Vale (VALE3): vendas têm alta devido a aquecimento de mercado

As vendas de finos e pelotas de minério de ferro aumentaram 6% na comparação anual ao longo do 3TRI23, beneficiando-se das condições favoráveis do mercado. Segundo a empresa, o prêmio all-in totalizou US$ 3,8/t1, redução de US$ 2,8/t na comparação anual, principalmente devido aos menores prêmios de pelotas. 

Trimestre contra trimestre, o prêmio all-in foi ligeiramente menor em relação ao 2TRI23, impulsionado por prêmios de mercado mais baixos, “uma vez que as usinas siderúrgicas têm preferido finos de menor qualidade devido à redução nas margens de aço”, apontou a Vale (VALE3).

Segundo a empresa, essa queda foi parcialmente compensada por um mix de vendas de portfólio de produtos superior, com uma participação maior dos volumes do Sistema Norte.

O preço médio realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 105,1/t, US$ 12,5/t maior a/a, em grande parte atribuído a preços de referência mais altos de minério de ferro (US$ 10,7/t maior a/a) e a um impacto positivo de ajustes de preços (US$ 2,1/t maior a/a).

O preço médio realizado das pelotas de minério de ferro foi de US$ 161,2/t, US$ 33,1/t menor a/a, principalmente devido aos prêmios trimestrais mais baixos das pelotas, parcialmente compensados pelo aumento dos preços de referência do minério de ferro.

Vale (VALE3): alta na produção de cobre

A produção de cobre aumentou 10% no trimestre, o equivalente a 14,9 kt, na comparação com o 3TRI22, principalmente devido ao contínuo ramp-up de Salobo III, com o complexo de Salobo atingindo, em setembro, o maior nível de produção mensal desde julho de 2019.

A empresa citou ainda o aumento da recuperação de cobre no complexo de Salobo em 4% a/a, atribuído às “melhores condições dos ativos e à estabilidade operacional nas plantas Salobo I e II”, que chegaram a passar por manutenção.

A produção de cobre do Sossego diminuiu 1,6 kt a/a devido aos menores teores de cobre, apesar de um aumento de 17% a/a no processamento de minério. A produção teve alta de 2,1 kt a/a após a manutenção realizada no 2TRI23. No 4TRI23, a Vale (VALE3) espera que os teores de alimentação de cobre na usina melhorem com a transição da mina para uma zona de maior teor.

A produção de cobre no Canadá diminuiu 6,0 kt a/a. A redução é explicada, segundo a Vale (VALE3), pelo suporte adicional necessário com as mudanças no método de lavra na mina Coleman, a transição planejada em andamento na mina de Voisey´s Bay e a menor produção de precipitado de cobre em Thompson. 

A redução de 6,2 kt t/t deveu-se principalmente às atividades anuais de manutenção planejada nas minas e moinhos de Sudbury e Thompson.

Embora o desempenho da produção no acumulado do ano seja considerado positivo, a empresa revisou para baixo o guidance de produção para 2023 em cerca de 15 kt, para um novo intervalo de 315-325 kt, devido a mudanças no método de lavra em Coleman e manutenção adicional na mina de Salobo e nas plantas Salobo I e II.

Já as vendas de cobre aumentaram 8% a/a, seguindo os maiores volumes de produção, o equivalente a 3,3 kt a/a, embora o aumento tenha sido parcialmente compensado pelo adiamento de um embarque de concentrados de cobre no 3TRI23 para o 4TRI23 no Brasil.

O preço médio realizado de cobre foi de US$ 7.731/t, com aumento de 16% a/a, principalmente devido ao aumento de 8% no preço de referência de cobre no LME (US$ 8.356/t no 3TRI23 contra US$ 7.745/t no 3TRI22) e ao menor impacto dos ajustes provisórios de preço no 3TRI23 comparado ao 3TRI22.

Vale (VALE3): queda na produção de níquel

A produção de níquel diminuiu 19% a/a, em linha com o planejado, principalmente devido à transição contínua de Voisey’s Bay para operações subterrâneas e manutenção adicional realizada na refinaria de Sudbury durante o trimestre.

A produção de níquel acabado a partir de minério de Sudbury diminuiu 4,1 kt a/a, devido à manutenção não planejada na refinaria e à manutenção estendida planejada na mina de Creighton. A produção de minério de Sudbury aumentou 16% a/a no acumulado do ano, em linha com o avanço no desenvolvimento das minas, segundo a Vale (VALE3).

A produção de níquel acabado a partir de minério de Thompson diminuiu 1,4 kt a/a, impulsionado pelas atividades anuais de manutenção planejada em Long Harbour, que foram finalizadas no início do trimestre.

A produção de níquel acabado a partir de minério de Voisey´s Bay diminuiu 1,2 kt a/a como resultado do período de manutenção na refinaria de Long Harbour e da transição planejada em andamento entre o esgotamento da mina a céu aberto de Ovoid e o ramp-up do projeto subterrâneo de VBME. A transição para a lavra subterrânea apresentou aumento de produção de minério de VBME de 53% a/a e 43% t/t.

O níquel acabado produzido a partir de compras de terceiros aumentou 0,1 kt a/a. O consumo de compras de terceiros aumentou conforme planejado e em linha com a estratégia de maximizar a utilização e o desempenho das operações de downstream realizadas pela companhia.

A produção de níquel acabado a partir de minério da Indonésia diminuiu 2,1 kt a/a, já que a refinaria de Clydach estava em ramp-up após a manutenção planejada para o segundo trimestre e foi impactada pela interrupção do fornecimento de água ocorrido na região em julho. A produção de níquel matte atingiu 18,0 kt no 3T23 na PTVI, beneficiando-se do melhor teor da mina e desempenho do forno.

A produção de Onça Puma diminuiu 1,0 kt a/a uma vez que o forno está operando em um ritmo mais baixo em função da preparação para a reforma do forno, que começou na segunda semana de outubro e continuará até o final do primeiro trimestre de 2024.

As vendas de níquel diminuíram 5,1 kt a/a, ou 12%, devido aos menores volumes de produção. Trimestre a trimestre, as vendas de níquel foram 1,1 kt menores, principalmente devido aos estoques de ferroníquel de Onça Puma, que foram mantidos para cumprir os compromissos de vendas no 4TRI23 durante a reforma do forno.

O preço médio realizado de níquel foi de US$ 21.237/t, uma redução de 2% a/a, principalmente devido a uma redução de 7% nos preços de referência de níquel na LME (US$ 20.344/t no 3T23 contra US$ 22.063/t no 3T22) compensada pelo efeito positivo dos resultados de hedge e prêmios médios mais altos para produtos Classe I.