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Saraiva (SLED3) entrega pedido de autofalência à Justiça

Saraiva (SLED3) entrega pedido de autofalência à Justiça

A Saraiva (SLED3) protocolou um pedido judicial de autofalência junto à  2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, onde tramita seu processo de recuperação judicial.

A decisão é um novo capítulo na crise da empresa que já foi a maior rede de livrarias do país e no mês passado anunciou o fechamento das últimas lojas físicas que ainda restavam abertas.

No dia seguinte, o executivo Jorge Saraiva Neto apresentou sua renúncia ao posto de CEO da empresa, sendo acompanhado do vice-presidente, Oscar Pessoa Filho. Marta Helena Zeni foi nomeada como presidente e diretora de Relações com Investidores, e Gilmar Antonio Pessoa assumiu o cargo de vice-presidente.

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Com a autofalência, a empresa reconhece sua incapacidade de atender aos requisitos da recuperação judicial. O pedido ainda precisa ser julgado pelo juiz responsável pelo processo. Se aprovado, os gestores e acionistas controladores ficam proibidos por três anos de exercer qualquer outra atividade empresarial

Os números da Saraiva em seu último balanço mostram a dificuldade da empresa de seguir arcando com seus compromissos. Ao pedir recuperação judicial, em 2018, a empresa anunciou uma dívida estimada em R$ 675 milhões.

Após descontos e renegociações, a dívida líquida em 30 de junho havia caído para cerca de R$ 24,620 milhões, segundo dados do balanço referente ao segundo trimestre de 2023. No período, porém, a empresa reportou prejuízo líquido de R$ 16,1 milhões e receita líquida de R$ 7,361 milhões advinda das lojas físicas, operação encerrada em setembro. A receita líquida da operação online, que foi mantida, ficou em R$ 128 mil.

Além do pedido de autofalência, a Saraiva (SLED3) informou no mesmo fato relevante que a RSM Brasil Auditores Independentes não presta mais serviços de auditoria independente à companhia.