O BTG Pactual ($BPAC11) reiterou sua recomendação de compra para as ações da Energisa (ENGI11) após a divulgação da prévia operacional do segundo trimestre de 2025 (2TRI25). Segundo o banco, os dados mostraram crescimento consistente no consumo de energia, melhora nas perdas técnicas e operacionais, além de sinais positivos nas concessões com maior desafio regulatório.
De acordo com o documento publicado pela companhia, o volume consolidado de energia consumida aumentou 2,1% em relação ao segundo trimestre do ano anterior, com destaque para o mês de junho, que registrou alta de 7,0% na comparação anual. A expansão foi impulsionada por temperaturas mais elevadas, especialmente em estados como Mato Grosso e Rondônia, além do bom desempenho da indústria de alimentos, minerais e óleo & gás.
As concessões da Energisa em Mato Grosso (EMT), Tocantins (ETO) e Acre (EAC) se destacaram, com crescimentos de 5,4%, 6,6% e 4,8%, respectivamente. O desempenho foi favorecido pelo aumento do consumo residencial, ciclos de faturamento mais extensos e investimentos em expansão da rede elétrica, como a integração do município de Cruzeiro do Sul (AC).
Energisa (ENGI11): abril foi mês fraco
Apesar do bom desempenho em junho da $ENGI11, o trimestre foi impactado por um mês de abril mais fraco, com retração de 1,7% no consumo, atribuída ao clima mais ameno e a um calendário de faturamento mais curto. Já em maio, o consumo ficou praticamente estável, com leve alta de 0,2%.
Outro ponto positivo destacado pelo BTG foi a redução nas perdas de energia, que caíram de 12,34% no primeiro trimestre para 12,04% no segundo. Seis das nove concessões da companhia apresentaram queda nas perdas, com destaque para ERO (-59 pontos-base), EMT (-33 pontos-base) e EMS (-51 pontos-base). Embora EMT e ERO ainda estejam acima das metas regulatórias estabelecidas pela ANEEL, ambas avançaram na redução do desvio, sinalizando uma tendência de melhora.
Para o BTG, a prévia reforça a tese de valorização da Energisa, que alia crescimento operacional, disciplina em custos e foco na qualidade do serviço. A recomendação de compra foi mantida, com expectativa positiva para os resultados completos do trimestre.