A BRF (BRFS3), uma das principais processadoras de alimentos do país, reportou prejuízo líquido de R$ 1,02 bilhão no primeiro trimestre de 2023 (1TRI23), acima do esperado.
Levantamento da Reuters aponta que o resultado representa uma diminuição de 35,3% frente a igual período do ano passado. Analistas, em média, projetavam prejuízo de R$ 588,6 milhões, segundo dados compilados pela Refinitiv.
A companhia divulgou seu balanço na noite desta segunda-feira (15) e o documento aponta que o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação) ajustado das operações continuadas foi de R$ 607 milhões, alta de 300,1% ano a ano. Analistas projetavam, em média, Ebitda de R$ 721,4 milhões.
Para o resultado principal, a empresa justificou citando um mercado global de carne de frango com excesso de oferta e altos preços de grãos, que afetaram a companhia em todo o setor.

BRF (BRFS3): recompra de ações
Vale lembrar que no mês passado a companhia encerrou seu programa de recompra de ações, anunciado no fim de setembro de 2021. No total, a empresa comprou 1.232.300 ações ordinárias de sua emissão.
Na ocasião, disse que as ações serão mantidas em tesouraria e posteriormente utilizadas para a execução do plano de outorga de ações restritas e/ou plano de outorga de opção de compra. Caso não sejam utilizadas para tal finalidade, as ações poderão ainda ser, posteriormente, canceladas ou novamente alienadas.
Bolsa
A ação BRFS3 encerrou o dia 15 de maio de 2023 cotada em R$ 7,31. O ativo reporta queda de 34,62% no período de seis meses, e queda de 47,52% no período de um ano.
O BTG Pactual 9BPAC11) tem recomendação neutra, com preço-alvo em R$ 11. O frigorífico tem sentido os efeitos de um mercado ainda instável na China e na Ásia como um todo, com governos suspendendo a compra de alimentos processados.
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