21 Set 2021 às 13:52 · Última atualização: 08 Jun 2022 · 3 min leitura
21 Set 2021 às 13:52 · 3 min leitura
Última atualização: 08 Jun 2022
Criada a 160 anos, a velha caderneta continua sendo a aplicação mais popular entre os brasileiros e a porta de entrada para o mundo dos investimentos. No entanto, a rentabilidade negativa da poupança tem feito até os mais conservadores buscarem melhores alternativas.
Se você tem recursos aplicados na poupança, certamente deve estar bastante desapontado com o resultado desses investimentos. Em 2020, a modalidade teve a pior rentabilidade dos últimos 18 anos, com retorno negativo de 2,30%. Em outras palavras, depois de descontado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), percebemos que a caderneta perdeu para a inflação no ano passado.
Já em 2021, o rendimento acumulado nos oito primeiros meses foi de 1,43%. Por outro lado, o IPCA acumulado do mesmo período foi de 5,67%. Ou seja, até o momento, permanece a rentabilidade negativa da poupança, que tende a ser ainda maior por causa da expectativa de alta da inflação para os próximos meses.
O rendimento da poupança não é fixo, pois ele depende da variação da taxa Selic. Além disso, para esse cálculo, devem ser considerados dois períodos distintos: um para os depósitos anteriores a 4 de maio de 2012 e outro para os realizados depois dessa data.
No caso das aplicações feitas antes de 4 de maio de 2012, a rentabilidade da poupança é 0,5% ao mês + taxa referencial (TR), que está zerada atualmente.
Já para as aplicações posteriores a 4 de maio de 2012, a remuneração da poupança é calculada da seguinte maneira:
– Quando a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, a poupança pagará 70% dessa taxa mais a Taxa Referencial (TR).
– Quando a Selic for superior a 8,5% ao ano, o rendimento será de 0,5% ao mês acrescido da TR.
A TR é uma taxa criada nos anos 90, época na qual o Brasil sofria com a hiperinflação. Nesse sentido, o objetivo da criação dessa taxa foi fazer com que ela servisse de referência para os preços. Com isso, pretendia-se ter mais um instrumento de controle da inflação.
Além da remuneração da poupança, a TR também é referência para o FGTS. Clique no link abaixo e saiba mais sobre como funciona essa taxa.
Taxa Referencial (TR): saiba o que é e como é usada (euqueroinvestir.com)
Por tudo o que vimos até agora, está claro que não vale a pena manter dinheiro aplicado na poupança, certo? No entanto, existem vários mitos que ainda influenciam os brasileiros a deixarem boa parte das reservas aplicadas na modalidade.
Um deles diz respeito à segurança. Nesse sentido, quem nunca ouviu que “a poupança é a aplicação mais segura do mercado”?
De fato, a aplicação tem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante até R$ 250 mil por CPF no caso de falência da instituição financeira. Porém, não é só a poupança que conta com essa garantia. Ao contrário, muitos outros investimentos de renda fixa, como CDBs, LCIs e LCAs também são protegidos pelo FGC, e possuem rentabilidades bem mais interessantes.
Outro mito se refere à liquidez diária da poupança. De fato, você pode sacar os recursos na hora que desejar. No entanto, diferentemente de um CDB, por exemplo, o rendimento da poupança é mensal e só acontece na data de aniversário dos depósitos.
Por exemplo, se você depositar na poupança no dia 30 de setembro e sacar antes de 30 de outubro, perderá todo o rendimento referente ao período. Ou seja, para ter direito aos juros do mês, terá que respeitar o dia do aniversário da aplicação para realizar saques.
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