10 Ago 2021 às 08:00 · Última atualização: 10 Ago 2021 · 7 min leitura
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Última atualização: 10 Ago 2021
Líder no tratamento de câncer na América Latina, a Oncoclínicas (ONCO3) deve estrear na Bolsa de Valores em 10 de agosto.
A empresa já precificou suas ações e pode levar cerca de R$ 3,5 bilhões com a oferta.
A companhia da área da saúde entra no competitivo mercado de capital aberto, que reúne outras gigantes do setor como Rede D’or (RDOR3), Fleury (FLRY3), Hapvida (HAPV3), NotreDame (GNDI3) e SulAmérica (SULA11).
Vamos conhecer melhor a empresa?
A empresa iniciou suas atividades em 2010, com uma unidade em Belo Horizonte, o Oncocentro Oncologia Clínica e Medicina Interna de Minas Gerais S.A.
Desde então, passou por um processo de expansão com o propósito de se tornar referência em tratamentos oncológicos em todas as regiões em que atua.
O Conselho de Administração é presidido pelo fundador e médico, Dr. Bruno Ferrari.
A Oncoclínicas afirma ser o maior prestador no mercado de oncologia clínica privada do Brasil em termos de receita, contando com 69 unidades, incluindo clínicas, laboratórios de genômica, anatomia patológica e centros integrados de tratamento de câncer, estrategicamente localizadas em 20 cidades no Brasil.
A empresa tem, ainda, uma operação nos Estados Unidos, onde estão concentradas as atividades de bioinformática.
No ano passado a empresa realizou aproximadamente 313 mil procedimentos oncológicos, o que representa mais de 2x a quantidade de procedimentos de 2016. Foram mais de 1 milhão de consultas, por meio de mais de 1.000 médicos especialistas com ênfase em oncologia com atuação dedicada em nossas unidades.
Além disso, o grupo conta com mais de 120 especialistas clínicos como nutricionistas, estomatologistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, fonoaudilogos, psicólogos, enfermeiras navegadoras e de estudos clínicos e assistentes sociais.
Desde a constituição, a empresa passou de uma para 69 unidades, por meio de crescimento orgânico e de aquisições de ativos relevantes nos setores de oncologia, hematologia e radioterapia no Brasil.
No Brasil, as atividades se concentram atualmente em 20 cidades, localizadas em 10 estados e no Distrito Federal, atendendo parcela relevante dos beneficiários de planos de saúde privados no Brasil. Nos Estados Unidos, está instalado o laboratório de bioinformática, responsável pelas ferramentas que utilizamos para leitura do DNA e RNA e uso de inteligência artificial para interpretação de resultados
A empresa afirma ser líder no mercado brasileiro de oncologia clínica privada.
A Oncoclínicas busca liderar a transformação do tratamento oncológico no Brasil por meio do foco na visão holística do paciente, buscando garantir a melhor experiência de tratamento individualizado e multidisciplinar em uma cadeia oncológica integrada, desde a prevenção, passando pelo diagnóstico e tratamentos específicos, até os cuidados continuados.
A meta é se tornar uma referência mundial no tratamento de pacientes com câncer e em pesquisas oncológicas, aliando um corpo clínico qualificado a avançadas terapias e tecnologias, bem como de elevar o nível de atendimento oncológico no Brasil ao mais alto padrão mundial, incluindo protocolos clínicos internacionais e tecnologias de ponta.
A Oncoclínicas adquiriu 13 novas clínicas entre 2016-2019. Em 2020, foram adquiridas 4 novas unidades.
“Acreditamos ter condições de integrar novos negócios de maneira ágil, eficiente e rentável, com custos marginais mínimos e célere aproveitamento de importantes economias de escala e sinergias, o que contribui para incrementar a sua lucratividade e manter níveis adequados de alavancagem”, diz a empresa em seu prospeto preliminar.
A companhia oferece diversos modelos de relacionamento às operadoras de saúde e hospitais, desde modelos tradicionais de prestação de serviço até modelos inovadores como pré-aprovação de protocolos antes do tratamento, por meio dos quais as operadoras podem se beneficiar da oferta de serviços oncológicos de qualidade, aliado a um custo competitivo e previsível.
Para a Oncoclínicas, os benefícios de tais modelos inovadores estão refletidos no volume garantido de atendimentos e tratamentos, o que contribui para a consistência dos resultados financeiros e operacionais.
Para as operadoras de saúde, há uma solução one-stop-shop, que permite maior previsibilidade e entendimento do serviço prestado e serviços eficientes – baixos níveis de desperdício e necessidade de procedimentos complementares.
A Oncoclínicas registrou lucro de R$ 16,2 milhões de 2018, R$ 19,0 milhões em 2019 e um prejuízo de R$ 125 milhões no ano passado.
Já o Ebitda ajustado passou de R$ 137 milhões (2018) para R$ 225 milhões (2019) e R$ 312 milhões (2020). A margem Ebitda ajustada ficou em 15,36% no ano passado.
A receita líquida da Oncoclínicas cresceu de R$ 1,0 bilhão em 2018 para R$ 2,0 bilhões em 2020.
A Oncoclínicas fez o pedido de IPO à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em junho deste ano.
A empresa deve estrear no Novo Mercado da B3 em 10 de agosto, com o código ONCO3.
A oferta será primária (quando os recursos vão para o caixa da empresa) e secundária (quando acionistas vendem parte de suas ações).
A companhia definiu a faixa indicativa de preço por ação entre R$ 22,21 e R$ 30,29.
Assim, o IPO da Oncoclínicas pode levantar R$ 3,54 bilhões, se levarmos em conta o valor médio da faixa indicativa de preço (R$ 26,25). A oferta-base contempla 135,1 milhões de ações. A precificação será em 6 de agosto.
Há ainda lotes adicionais de 27 milhões de papéis e suplementar de 20,3 milhões.
A empresa vai usar os recursos para investir em: expansão inorgânica (aquisições futuras), expansão inorgânica (aquisições em andamento), expansão orgânica (projetos de investimento) e capital de giro.
Os fundos de investimento Josephina, do Goldman Sachs, que possuem mais de 90% da Oncoclínicas, vão vender uma fatia no negócio na oferta secundária.
Coordenam a oferta Goldman Sachs, Itaú BBA, Citi, UBS-BB, Santander (SANB11) e JPMorgan.
(Por Felipe Alves)