A ClearSale (CLSA3) informou a assinatura de um acordo de fusão com a Serasa Experian, com o objetivo de fortalecer as empresas no setor de segurança digital e prevenção a fraudes.
Com o valor da transação totalizando R$ 2,05 bilhões, a Serasa Experian pagará R$ 10,56 por ação da ClearSale, representando um prêmio de 23,5% sobre o preço atual das ações.
Embora a ClearSale tenha registrado uma valorização de 140% no acumulado deste ano, suas ações ainda apresentam uma queda de 70% desde o IPO em 2021, quando a empresa foi avaliada em R$ 4,7 bilhões.
O acordo, aprovado pelo Conselho de Administração da ClearSale, ainda está sujeito à aprovação de órgãos regulatórios e condições precedentes.
A fusão permitirá à Serasa Experian incorporar todas as ações ordinárias da ClearSale, transformando-a em uma subsidiária integral.
Os acionistas da ClearSale terão a opção de trocar suas ações por ações preferenciais resgatáveis da Serasa, com três modalidades de resgate: pagamento à vista, uma combinação de dinheiro e Brazilian Depositary Receipts (BDRs), ou ajustes financeiros com base no caixa líquido da empresa.
Os principais acionistas da ClearSale, incluindo Chiamulera, que detém 35,3% do capital, e a Innova Capital, já indicaram que optarão pelo resgate à vista. Os controladores, que possuem cerca de 34,86% do capital votante, também se comprometeram com essa opção.
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Fusão ClearSale e Serasa
A fusão visa criar uma organização mais robusta no mercado de tecnologia e segurança digital, reforçando a posição das duas empresas como líderes nos setores de análise de crédito, inteligência de dados e prevenção à fraude.
Fundada em 1968, a Serasa é o maior bureau de crédito do Brasil, com mais de 60% de participação no mercado, e faz parte do grupo britânico Experian desde 2007.
A ClearSale, por sua vez, vê a operação como um reconhecimento de seus mais de 20 anos de atuação no mercado, onde construiu uma reputação sólida junto a seus clientes e parceiros. Mesmo com a fusão, a empresa afirma que continuará fornecendo soluções de alta qualidade, mantendo seu compromisso com a excelência.
A conclusão da operação ainda depende da análise e aprovação de órgãos regulatórios, incluindo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além da aprovação em assembleias gerais de ambas as companhias.
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