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Money Week: conhecimento é a base do mercado de fusão e aquisição de empresas

Money Week: conhecimento é a base do mercado de fusão e aquisição de empresas

Quando o assunto é investimentos em fusões e aquisições, ou M&As, o conhecimento e a organização são as bases fundamentais para um bom negócio. Tanto para quem pretende adquirir um empesa quanto para quem pretende vender.

Para debater o tema “Mercado de fusão e aquisição de empresas“, a Money Week recebeu nesta terça-feira (8) Katia Eliege, operations partner da Capsur, e Carol Paiffer, CEO da Atom. O painel teve a moderação de Renato Soriano, head de M&A da EQI Partners.

Mercado de fusão e aquisição de empresas: o que esperar?

Para empresas que são startups e buscam investimentos e outras companhias para alavancar o negócio, antes de mais nada é preciso que a companhia esteja organizada, tanto do ponto de vista financeiro, tendo um bom caixa, quanto do ponto de vista tributário. Carol Paiffer, da Atom, diz que o brasileiro tem a cultura de misturar questões da pessoa jurídica com a pessoa física.

“Quando faço um investimento, a primeira coisa a fazer é arrumar a casa. Fazer uma separação da pessoa física dona do negócio da pessoa jurídica, ter mais profissionalização e, a partir daí, pensar no próximo passo. Portanto, a startup precisa se preparar para o próximo nível, ter auditoria, compliance, dados publicados. Se tiver tudo isso, já ajuda a alcançar esse novo nível”, explica ela.

Katia Eliege, da Capsur, já diz que muitas vezes encontra companhias pouco estruturadas, com o conselho da empresa pouco funcional, questões trabalhistas pendentes, entre outros problemas.

“Com isso, a diligência prévia antes do investimento é fundamental, para garantir o conhecimento do grau de risco das empresas e saber como mitigar esses riscos. Todas as companhias têm algum ponto a ser desenvolvido”, afirmou ela.

Startups: conselho é preparar o terreno de olho no futuro

Para as startups que buscam investimentos, o melhor a fazer antes de mais nada é promover uma auditoria interna na companhia, fiscalizar todas as áreas e daí se preparar para uma eventual negociação, explica a CEO da Atom.

“Os investidores pedem basicamente as mesmas informações com relação a documentos. Buscam saber da empresa, a idoneidade dos executivos. Muitas vezes pensam que, na hora de fechar um negócio, bastam os dados da companhia, mas é importante o dono cuidar do próprio nome e de seus sócios, bem como de seus colaboradores”, explicou ela.

Além disso, outro ponto importante é demonstrar a atratividade que as empresas têm ao buscar investimentos, considerando que são importantes os dados internos, como tem sido o desempenho dela, se tem obtido bons resultados.

“Ter uma boa história para contar ajuda muito. Há a questão familiar, que pode ter a falta de um sucessor no comando da companhia. Muitas vezes, os investidores se perguntam: por que querem vender aquela companhia? Há alguma coisa que não estamos enxergando? Porque, quando olho para o mercado, é importante ter uma história bem desenhada para a venda”, explica Eliege.

A influência da globalização nas fusões e aquisições

Hoje em dia, a questão do mercado global é de fundamental importância. A CEO da Atom explicou que o Brasil está sendo considerado barato, já que o dólar tem se valorizado frente ao real. E além disso, é estratégico para uma companhia que quer crescer tendo um sócio internacional.

“As empresas precisam pensar em fusões e aquisições internacionais. Esse é um movimento que faz todo o sentido e, com o dólar no patamar atual, fica mais interessante para o nosso país. Estamos em um bom momento para buscar um investidor fora”, completou ela.

Já Eliege diz que o Brasil passa por um momento favorável por estar longe da guerra que ocorre na Ucrânia. Outro diferencial é a questão energética: o Brasil tem um bom desenvolvimento das fontes de energias renováveis, como a eólica e solar, fator que é visto com bons olhos pelos investidores estrangeiros.

“Nossas relações com os Estados Unidos e com a Europa são boas e não temos problemas com a China, com a Rússia, e isso tende a ter uma atratividade maior”, disse ela.

foto do painel Money Week

Clareza e conhecimento: fatores fundamentais

A clareza é algo fundamental para buscar a fusão ou aquisição entre empresas, diz Paiffer. Para ela, clareza dos objetivos é algo importante, embora não signifique que o olhar deve estar 100% fechado. Mas é preciso ter objetividade.

“Temos que ter clareza e critério para o que se está buscando. Não quer dizer que devemos fechar 100% dos olhos para outras oportunidades, é bom deixar o leque um pouco aberto, mas é preciso ter sempre clareza de critérios”, informou.

Já Katia Eliege informou que é importante saber como o time da empresa que está sendo comprada irá se adequar à cultura da companhia que está adquirindo o controle dela.

“Todo planejamento é fundamental. Muitas vezes, é possível comprar uma boa empresa e o negócio não dar certo, por mais que seja boa economicamente. Se tiver um choque de cultura, há um problema maior”, explicou.

Por fim, Paiffer disse que o conhecimento para as empresas e investidores é fundamental na fusão ou aquisição de novos negócios. A falta de conhecimento faz com que os compradores acabem entrando no negócio no momento errado, comprando na alta e tendo prejuízo depois.

“Conhecimento é tudo, estude e não seja refém de outras pessoas. Estude antes para que não seja refém e se prepare para deixar um legado”, completou ela.

Já Katia Eliege declarou que, tendo conhecimento em mãos, os investidores conseguem saber o perfil, o grau de aceitação de risco e a disponibilidade de deixar um investimento a longo prazo.

“Tudo isso é importante para tomar decisões de investimentos na hora certa”, finalizou ela.

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Acompanhe na íntegra o painel Mercado de fusão e aquisição de empresas no vídeo abaixo: