Na próxima segunda-feira (02), terá início o período de negociações entre a União Europeia e o Reino Unido para a definição do relacionamento comercial entre ambos.
Porém, antes mesmos do início, a Grã-Bretanha já ameaçou abandonar o processo de negociação com União Europeia.
Isso, se até o mês de junho não forem percebidos progressos suficientes nesse sentido.
União Europeia vs Reino Unido
O parlamento britânico afirma que respeitará a soberania, os aspectos jurídicos e autonomia da União Europeia e, por isso, exigem o mesmo.
Michael Gove, ministro escolhido por Boris Johnson para acompanhar todo o processo, disse que cada um dos lados deverá tomar conta de si.
Isso inclui políticas migratórias próprias, impostos, gestão de fronteiras e respeito a independência.
A Comissão Europeia já sinalizou para a possibilidade de que essa primeira fase de negociações falhe e,por isso, já está se preparando para lidar com a situação.
Por outro lado, Dana Spinant, porta-voz da comissão, disse em um comunicado direcionado à imprensa que a abordagem mais cuidadosa é o melhor caminho.
Segundo a porta-voz, ainda é muito cedo para especular ou teorizar sobre os possíveis resultados que poderão advir das negociações entre o Reino Unido e União Europeia.
Ainda segundo Dana, seguir por esse caminho, seria o mesmo que atropelar os resultados, avançando sobre as conclusões primeiro.
Do lado da União Europeia, o responsável por lidar com as negociações comerciais é Michel Barnier que afirmou que a parceria entre a União Europeia e Londres dependem de outro acordo, o da pesca, e que esse realmente precisa ser concluído até o dia 1° de junho.
A questão sobre esse caso é que o Reino Unido pretende facultar o acesso às suas águas tendo como direcionamento acordos anuais, já Bruxelas, quer que as participações (quotas) da pesca sejam divididas entre a UE e o Reino Unido.
Vale lembrar que ter acesso às águas pertencentes/territoriais britânicas tem uma importância fundamental para as pessoas que vivem da pesca.
E isso, envolve pescadores distribuídos por oito países da União Europeia, especialmente, da Dinamarca e França.
Na falta de um acordo satisfatório, as empresas do Reino Unido podem ser obrigadas a impor novas tarifas, tornar serviços e produtos mais caros e até ameaçar a cadeia de suprimentos.
Tendo em vista os grandes impactos, grupos empresariais do Reino Unido têm feito pressão para alertar o governo sobre tais resultados.






