A Telefônica Vivo (VIVT4) apresentou um lucro líquido recorrente 9,9% menor no 4ºTRI 2019 em relação ao mesmo período de 2018. O lucro líquido recorrente no 4ºTRI19 foi de R$ 1,396 bilhão.
No ano, a soma foi de R$ 5 bilhões. Os dados são contábeis, ou seja, consideram os efeitos da adoção do IFRS 161 (referentes a nova metodologia de alocação de contratos de arrendamento) somente para os números de 2019.
Segundo a Vivo, o lucro líquido foi menor no 4ºTRI de 2019, pois em 2018 o lucro foi positivamente impactado por efeitos não recorrentes referentes ao trânsito em julgado, no Superior Tribunal de Justiça, de dois processos judiciais que reconheceram o direito da exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições ao PIS e COFINS.
Quando excluídos os efeitos não recorrentes, o lucro líquido de 2019 atingiu R$ 5,4 bilhões com crescimento anual de 2,5%.
No 4T19, o lucro líquido contábil da Vivo alcançou R$ 1,2 bilhão, uma redução de 14,3% na comparação anual em função do maior pagamento de impostos no 4T19, relacionado à menor declaração de JSCP no período, maiores gastos com depreciação, parcialmente compensados pelo contínuo controle de custos e expansão do EBITDA.
Ajustado pelos efeitos não-recorrentes dos períodos, o lucro líquido recorrente atingiu R$ 1,4 bilhão no trimestre.
Ebitda cresce
O lucro recorrente antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Vivo cresceu 17,3% no 4ºTRI19, para R$ 4,83 bilhões. No ano, o Ebitda recorrente ficou em R$ 17,94 bilhões, aumento de 15,3% em relação a 2018.
A margem Ebitda recorrente foi de 42,5% no 4ºTRI19, 5,3 pontos percentuais maior do que o mesmo período de 2018. E no ano, a margem Ebitda recorrente ficou em 40,5%. 4,7 pp maior do que 2018.
A receita operacional líquida da Vivo também cresceu 2,6% no 4TRI19, para R$ 11,37 bilhões. No ano, a alta foi de 1,9%, valor que chegou a R$ 44,2 bilhões no ano passado.
O fluxo de caixa livre da atividade de negócio da Vivo apresentou crescimento de 28,4% no quarto trimestre. O valor chegou a R$ 2,6 bilhões, impulsionado, principalmente, pela expansão do Ebitda.
No acumulado de 2019, valor atingiu R$ 8,2 bilhões, representando um aumento de 19% em comparação com 2018.
Expansão
De acordo com a Vivo, em 2019 a companhia realizou a maior expansão da história de sua rede de fibra, levando a tecnologia para 43 novas cidades. O ano encerrou com a tecnologia em 164 municípios, com 11 milhões de domicílios cobertos.
No móvel, a empresa fechou o ano em mais de 3,2 mil cidades com a rede 4G. A rede cobre 89% da população, e 1,2 mil municípios com o 4.5G disponível para 66% dos brasileiros.
“A demanda da sociedade é por conectividade de qualidade. E, como líderes de mercado, elevamos nossos investimentos ao maior patamar da história da Vivo. Oferecemos aos nossos 100 milhões de acessos uma infraestrutura diferenciada, com mais cobertura 4,5G e fibra”, afirma o presidente da Vivo, Christian Gebara.
“Manteremos os investimentos em alta. Ao final de 2020, completaremos o plano trienal anunciado há dois anos, com um montante de R$ 26,5 bilhões investidos”, explica.
Para o vice-presidente de Finanças da Vivo, David Melcon, o ano foi marcado pela retomada gradual da economia.
Com isso, a Vivo apresentou “um resultado financeiro consistente combinando investimentos e crescimento acelerado em segmentos de cliente chave, eficiência em custos e a maior geração de caixa de nossa história atingindo R$ 8,2 bilhões no ano”.
Fibra impulsiona
A receita de banda larga da Vivo apresentou crescimento anual de 9,8%. O resultado foi influenciado pelas receitas em fibra, que já representam 35,6% desse total, com crescimento anual 45,8%. No quarto trimestre, comparado ao igual período do ano anterior, o aumento foi de 37,6%. O contínuo crescimento da receita acompanha o volume de acessos, que cresceu 30,8% no ano, somando 2,5 milhões de clientes.
Ao longo de 2020, a capilaridade da fibra pelo país deve crescer ainda mais, tanto pela continuidade dos investimentos neste serviço, como pela evolução de dois modelos de negócio lançados em 2019: o projeto de franchising de Fibra, que utiliza a marca Terra (conectado por Vivo Fibra) para levar a tecnologia a diversas novas regiões; e a parceria com a American Tower, que impulsionará a expansão em Minas Gerais nos próximos três anos.
Voz e TV recuam
A evolução positiva dos resultados em fibra compensou parcialmente a queda de 2,8% da receita líquida fixa do trimestre. A redução foi influenciada pela diminuição das receitas de voz devido à maturidade do serviço, e TV por assinatura. Em 2019, a queda foi de 3,2%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Na TV por assinatura, a receita da Vivo registrou redução anual de 5,3% após cair 11,1% no quarto trimestre.
Tais resultados refletem a estratégia mais seletiva para o serviço, com o encerramento das vendas do serviço de TV via satélite (DTH) e foco total na tecnologia IPTV, cuja receita cresceu 22,2% no trimestre, com crescimento de 32,1% no acumulado do ano.
A evolução da receita de IPTV acompanhou o aumento de 23,4%, no ano, nos acessos desta tecnologia.






