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Setor eletrônico brasileiro sente os impactos do coronavírus

Setor eletrônico brasileiro sente os impactos do coronavírus

Setor eletrônico brasileiro sente os impactos do cornavírus; 52% passavam das indústrias pesquisadas passam por problemas de abastecimento de peças

A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) realizou sondagem entre seus membros sobre o impacto do coronavírus na produção do setor eletroeletrônico e descobriu que 57% já apresentam problemas no recebimento de materiais, componentes e insumos provenientes da China.

Há duas semanas, a Abinee havia realizado pesquisa semelhante e constatara que 52% passavam por problemas. Assim, em 15 dias, o coronavírus fez crescer cinco pontos percentuais o número de empresas impactadas. O universo é de 50 indústrias pesquisadas.

Segundo a associação, a situação é observada principalmente entre os fabricantes de produtos de Tecnologia da Informação, como celulares, computadores, entre outros.

Segundo o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, a nova pesquisa indica o agravamento da situação das indústrias que dependem dos componentes externos: “o momento é delicado e devemos ter diversas paralisações daqui para frente”.

Não há risco imediato de desabastecimento

Barbato considera, entretanto, que, por enquanto, não há risco de falta de produtos acabados, como celulares e computadores, no mercado brasileiro: “o problema só não é mais grave porque dispomos da produção local destes produtos”.

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A Abinee informa que, por ora, apenas 4% das indústrias pesquisadas operam com paralisação parcial em suas fábricas. Outras 15% já programaram paralisações para os próximos dias, a maior parte delas, também de forma parcial.

Apesar do impacto no abastecimento de componentes, a pesquisa indicou que 54% ainda não têm previsão de parar suas atividades. A decisão dependerá de quanto tempo persistirem os problemas.

Produção em baixa

Com esse cenário, 17% das pesquisadas informaram que não devem atingir a produção prevista para o 1º trimestre deste ano. A produção do período deverá ficar, em média, 22% abaixo do que foi projetado. Para metade das empresas, no entanto, as projeções devem ser mantidas; outras 33% afirmaram que ainda não é possível dar essa indicação.

A pesquisa ainda mostrou que as empresas devem demorar cerca de dois meses para normalizar o ritmo da produção, após a retomada dos embarques de materiais, componentes e insumos da China. Mas a crise do coronavírus ainda não está perto de acabar.

Na opinião de Barbato, as dificuldades atuais “acendem um sinal de alerta” não apenas para o setor eletroeletrônico como para toda a indústria brasileira que depende de materiais e componentes provenientes de um único mercado, como a China: “a situação expõe nosso alto índice de vulnerabilidade em relação à importação de componentes”.

Para ele, o problema “abre uma oportunidade para que se volte a pensar na produção local de componentes utilizados na atividade produtiva do setor”. Hoje, 42% desses itens são provenientes da China, principal origem das importações de componentes do Brasil, totalizando US$ 7,5 bilhões em 2019.

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