Os retornos dos investimentos das empresas brasileiras excedeu o custo de captação de recursos. Isso ocorre pela primeira vez em quase uma década. A informação foi divulgada pelo site G1.
Assim, o investimento no país voltou a ser atrativo devido à queda nas taxas de juros e aos riscos nacionais. Mas obstáculos, como alta capacidade ociosa e dúvidas sobre o forte crescimento econômico nos próximos anos, ainda afetam as decisões dos empreendedores.
De acordo com dados coletados pela Fipe, nos 12 meses encerrados em setembro de 2019, os retornos médio do capital de investimento (ROIC) das empresas brasileiras listadas foi de 11,3%. Índice superior a 10,5% do custo médio ponderado de capital (WACC) no mesmo período. Portanto, a empresa ganha mais investindo em recursos do que em captar recursos.
Esse processo foi repetido em amostras sem Petrobras, Eletrobras e Vale. Mas isso pode distorcer a análise devido ao tamanho e natureza do negócio. Nesse caso, os indicadores são 11,8% e 10,8% nos retornos, respectivamente.
Resultado retornos
O ROIC é o resultado do lucro operacional líquido após impostos dividido pelo capital total do investimento (proprietário e terceiros). Por outro lado, os cálculos do WACC levam em consideração o custo de capital interno e externo, patrimônio líquido, dívida total e imposto de renda.
O custo de capital é a quantidade de dinheiro que uma empresa gasta na captação de recursos. Ele cobre o valor pago aos acionistas ao financiar no mercado. Bem como o custo da dívida, que é o juro do empréstimo.
Essa situação favorável não ocorre desde 2010. No pior momento, em 2015, o custo foi de 14,8% e o retorno, de 5,5%, uma diferença de 9,3 pontos percentuais. A pesquisa é baseada em dados de empresas de capital aberto a partir de setembro, que são os dados mais recentes. A empresa ainda está publicando demonstrações financeiras para o quarto trimestre.






