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Taxa de desemprego cai para 11,2% em janeiro, diz IBGE

Taxa de desemprego cai para 11,2% em janeiro, diz IBGE

A população desocupada no Brasil, um contingente de 11,9 milhões de pessoas, caiu de 11,6% para 11,2%, aponta resultado da Pnad.

A taxa de desemprego caiu no Brasil no último trimestre encerrado em janeiro de 2020, revela a Pnad. A população desocupada, um contingente de 11,9 milhões de pessoas, caiu de 11,6% no período de agosto a outubro de 2019, para 11,2%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a redução foi de -5,6% (712 mil pessoas a menos).

População ocupada fica estável

O total de pessoas ocupadas no país permaneceu o mesmo em relação ao trimestre anterior. São 94,2 milhões de trabalhadores. No entanto, em relação ao mesmo trimestre do ano interior, houve alta de 2,0% (mais 1,9 milhão de pessoas).

Taxa de informalidade cai

Da mesma forma, a taxa de informalidade também caiu. Atingiu 40,7% da população ocupada, representando um contingente de 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre móvel anterior, essa taxa havia sido 41,2%. Já em relação ao mesmo período de 2019, houve avanço da informalidade: antes, a taxa era de 40,6%.

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Carteira assinada cresce

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 33,7 milhões e cresceu em ambas as comparações. Registrou aumento de 1,5% (mais 504 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e de 2,6% (mais 845 mil pessoas) contra o mesmo trimestre do ano anterior.

A categoria dos empregados sem carteira assinada no setor privado (11,7 milhões de pessoas) ficou estável. E cresceu 3,7% (ou mais 419 mil pessoas) comparada ao mesmo trimestre de 2019.

O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,6 milhões de pessoas. Ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 3,1% (mais 745 mil pessoas).

O rendimento médio real habitual (R$ 2.361) apresentou estabilidade em todas as comparações.

Na análise do Mitsubishi UFJ Financial Group, Inc (MUFG), o aumento no ritmo de geração de empregos com carteira assinada representa boas notícias para a perspectiva do consumo das famílias. “Esses trabalhadores geralmente têm renda mais estável e melhor acesso ao crédito em comparação com os do mercado de trabalho informal. Isso reforça nossa visão de que o crescimento do PIB neste ano dependerá fortemente da demanda doméstica, especialmente em momentos de preocupação com o ritmo da economia global”, afirmou o banco em comunicado.

Entrevista: Rodolpho Tobler

Para Rodolpho Tobler, economista da FGV, o resultado vem alinhado com o que o mercado e os pesquisadores já aguardavam. “No trimestre avaliado, tem que se levar em conta a sazonalidade das contratações. Novembro e dezembro são meses de contratações temporárias por conta das festas de fim de ano. Mas, ainda assim, ‘limpando os dados’, vemos uma leitura positiva, principalmente no aumento do emprego formal”, afirma. E pondera: “É claro que temos um longo caminho pela frente, são muitos os desempregados. Mas é um sinal positivo de recuperação. Gradual, é verdade, mas é uma recuperação”.

Ele sinaliza que nas próximas leituras, o resultado da Pnad deva ser semelhante. “Ainda veremos recuperação. Não será nada muito forte, possivelmente com resultados parecidos com este”.

Pnad: coronavírus não deve influenciar próximos resultados

Tobler descartou ainda qualquer possibilidade do efeito do coronavírus sobre a economia repercutir no nível de emprego. “Para influenciar nível de emprego, é preciso que os efeitos do surto já estejam por toda a economia. O efeito no emprego nunca é imediato, é preciso algo forte, realmente drástico, para que os efeitos sejam perceptíveis”, explica.