Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Pesquisadores brasileiros sequenciam genoma do coronavírus 48h depois que ele chegou ao Brasil

Pesquisadores brasileiros sequenciam genoma do coronavírus 48h depois que ele chegou ao Brasil

Pesquisadores brasileiros sequenciam genoma do coronavírus 48h depois que ele chegou ao Brasil, por um paciente infectado vindo da Itália

Pesquisadores brasileiros do Instituto Adolfo Lutz, do Instituto de Medicina Tropical da USP e da Universidade de Oxford conseguiram, em apenas 48 horas após o primeiro caso confirmado de infecção pelo Covid-19 no país, sequenciar o genoma do novo coronavírus.

Eles fazem parte do projeto Cadde (Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus), apoiado pela Fapesp e pelo Medical Research Centers, do Reino Unido, que desenvolve novas técnicas para monitorar epidemias em tempo real.

“Os dados de genomas completos do SARS-CoV-2 dos casos de COVID-19 são essenciais para o desenvolvimento de vacinas e de testes diagnósticos. Esses dados são importantes para a compreensão da dispersão do vírus e para detectar mutações que possam alterar a evolução da doença”, diz o Instituto de Medicina Tropical, ligado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Primeiro paciente

O primeiro caso de COVID-19 no Brasil teve diagnóstico molecular confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz no dia 26 de fevereiro de 2020. Refere-se a um paciente de 61 anos infectado com o vírus durante uma visita à região de Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 deste mês. O genoma completo do vírus foi disponibilizado à comunidade científica no dia 28 de fevereiro de 2020.

É geneticamente parecida com a de um genoma sequenciado na Alemanha. Pesquisadores italianos já isolaram o vírus que circula no país, mas não depositaram ainda o sequenciamento do genoma em nenhum banco público para comparação.

Publicidade
Publicidade

O caso brasileiro, até aqui, é único no que se refere à velocidade de resposta a essa análise. Grupos internacionais têm demorado em média 15 dias para gerar e submeter as suas sequências relativas a casos de Covid-19, o que destaca a relevância científica da pesquisa brasileira.

Pouco revelador

Ao Estadão, a pesquisadora Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical, disse que “uma sequência só não revela muita coisa, mas a importância é mostrar que rapidamente somos capazes de fazer e colocar isso à disposição de outros cientistas do mundo. Quanto mais genomas tivermos, mais podemos entender como a epidemia vai evoluindo no mundo. Por isso precisamos ter isso muito rapidamente”.

“Temos trabalhado para desenvolver uma tecnologia rápida e barata. Todos os casos que forem confirmados no Adolfo Lutz serão sequenciados. A ideia é fornecer informações que possam ser usada para entender a epidemia em curso, para que outros cientistas possam comparar os dados. Essa cadeia de informação de todo mundo junto é importante para o mundo poder responder à epidemia”, diz.

Segundo ela, mesmo pouco revelador, o genoma mostra que há pequenas mutações, mas a taxa de variação deste vírus é até baixa.

LEIA MAIS
Covid-19: Anvisa inclui novo coronavírus na triagem para doação de sangue

OMS informa que houve 92 casos de transmissão do Covid-19 entre humanos fora da China