A Oi, que está em recuperação judicial, vendeu imóvel de sua propriedade localizado em Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, por R$ 120,5 milhões.
A venda concluída em 21 de fevereiro, com a transferência do referido imóvel para a compradora e a liquidação financeira da transação.
Caixa negativo
A empresa de telefonia havia informado em meados do mês que encerrou dezembro de 2019 com um caixa negativo em R$ 331 milhões.
Segundo a operadora, os pagamentos totalizaram R$ 2,08 bilhões em dezembro do ano passado, um crescimento de R$ 290 milhões em relação a novembro. Outros R$ 661 milhões foram investidos pela operadora. Assim, saíram do caixa mais de R$ 2,7 bilhões e entraram R$ 2,4 bilhões.
A administração da empresa informou que o resultado “está em linha com o fluxo previsto no plano de recuperação judicial”.
Tá, e aí?
Apesar de todo cenário nebuloso em que a operadora de telefonia Oi esteve envolvida nos últimos anos – e que redundou no processo de recuperação judicial – suas ações ainda despertam interesse de investidores.
As cotações saíram de um patamar de R$ 4 em meados de 2017 e estão na faixa de R$ 1, o que tem levado muitos a comprarem o papel, acreditando em uma recuperação.
Relatório produzido pela Toro Investimentos adverte, no entanto, que o preço da ação não é o principal. O importante é o valor embutido no negócio e, para calculá-lo, é preciso fazer uma criteriosa análise da empresa.
A Oi tem a seu favor alguns fatores, como ser a operadora com maior presença entre as concorrentes em telefonia fixa, podendo usar sua rede para distribuir outros produtos e serviços.
Mas há vários aspectos negativos que não endossam a compra dos papéis, como a concorrência em banda larga fixa e a baixa atuação da Oi fora do eixo das grandes cidades. Confira os aspectos positivos e negativos da Oi.
(Com Omar Saller e Cláudia Maia)






