A Equipe médica que trabalha dentro do hospital da universidade de Nebraska, está realizando testes clínicos a fim de descobrir a cura da doença ocasionada pelo novo coronavírus. Os testes estão sendo conduzidos por um médico brasileiro que reside nos EUA cerca de 20 anos. Natural de Bagé (RS), André Kalil possui 53 anos, é especialista em doenças transmissíveis. Atualmente, faz parte do corpo de médicos da Universidade de Nebraska.
Kalil está comandando os testes clínicos nos EUA. Onde vão avaliar o medicamento remdesivir que tem grandes chances de tratar o vírus. Com informações do portal G1.
Em entrevista ao G1, Kalil afirma que “há uma carga emocional grande neste momento, mas é preciso fazer a ciência correta e robusta para descobrir qual terapia funciona”.
O hospital da universidade de Nebraska é perito em tratar contenção com agentes biológicos. Como foi o caso do ebola, este hospital fez parte da minoria preparada para tratar esse tipo de doença.
Os testes clínicos realizados por André Kalil estão sendo sustentados pelo órgão federal dos EUA, NIH (em inglês) Institutos Nacionais de Saúde.
Testes Clínicos
Os testes serão divididos em duas partes. No total 400 pessoas portadoras do vírus, sendo 200 na primeira fase recebendo doses do remdesivir e o restante de placebo.
O placebo aparentemente é igual ao medicamento verdadeiro, no entanto sem efeito. Vale ressaltar que o médico e o paciente não sabem qual da versão receberão.
O teste será ajustado, segundo o médico Kalil ao G1 “O estudo está calculado para 400 pacientes, mas, quando chegarem os resultados dos primeiros cem, vamos averiguar para tentar entender se há efeito. Em caso positivo, vamos trabalhar em cima dele. Se não, retiramos o estudo e colocamos uma medicação nova”.
“O estudo tem tudo para ser rápido, mas a velocidade depende da progressão da epidemia: se ela desacelerar e, em poucas semanas, terminar, o estudo não se completa nesse momento – ele vai ficar aberto por três anos”, diz o médico.
Normalmente, os testes clínicos de um medicamento são divididos em 3 partes:
- verifica-se se ela causa algum dano;
- qual a dosagem adequada;
- a eficácia do medicamento contra a doença que deseja combater.
“Do ponto de vista científico, este ensaio está na fase dois, a de análise da dose. Mas, como estamos no meio de uma epidemia, queremos que se desenvolva também a fase três”, disse Kalil.
O remdesivir se mostrou eficiente contra outras doenças próximas ao coronavírus, como a Sars, em animais. Sendo assim, o medicamento mais promissor para curar a infecção provocada pelo coronavírus.
Em humanos, o remédio já foi estudado para replicação viral, mas não em ensaios clínicos, explica o médico.






