O HGLG11 é um fundo imobiliário que atua no ramo mais promissor entre os fundos imobiliários: o de logística. No momento, este fundo está realizando uma emissão de novas cotas, anunciada no último dia 07.
Se ficou interessado em investir, conheça em detalhes o HGLG11, também conhecido como CSHG Logística Fundo de Investimento Imobiliário.
Mas se você deseja investir em fundos de investimento imobiliário (FII) e ainda não sabe como, não deixe de aprender tudo sobre o assunto neste guia.
Foco em operações logísticas e industriais
O HGLG11 investe em empreendimentos imobiliários voltados para operações logísticas e industriais. O FII atua por meio da compra de terrenos para construção ou de imóveis prontos, para locação, venda ou arrendamento.
O fundo também pode participar de operações de securitização. No entanto, a maior parte do seu patrimônio está aplicado em imóveis atualmente, conforme detalhado no relatório gerencial:

Segundo o regulamento do fundo, também é permitida a compra de cotas de outros FII e de fundos de investimento em participações, assim como a compra de cotas ou ações de sociedades que tenham atividades permitidas ao fundo,
A administradora do fundo é a Credit Suisse Hedging Griffo Corretora de Valores. O investimento neste fundo é permitido a investidores em geral e o seu prazo é indeterminado.
Entre seus locatários estão grandes indústrias, como Volkswagen, Lojas Americanas, Cremer, Ericsson e Tetra Pak. A Volkswagen é a maior locatária do fundo, correspondendo a 33,2% da receita de locação contratada. A Lojas Americanas corresponde a 17,2%, enquanto os demais ficam perto de 10% cada.
Em funcionamento desde 2010, o fundo tem taxa de administração de 0,6% ao ano sobre o valor de mercado das cotas.
Os proventos são distribuídos no décimo dia útil do mês subsequente ao recebimento de recursos pelo fundo.
Entre os fatores de risco de investir neste fundo estão o risco de crédito dos locatários e arrendatários, o risco de vacância dos imóveis e o fato de o fundo ser genérico, sem um ativo imobiliário específico para investimento.
Comportamento das cotas
Assim como grande parte da indústria de FII, o HGLG11 sofreu um tombo durante o início da pandemia, mas tem mostrado recuperação no valor das cotas recentemente. Confira abaixo como a cota se comportou nos últimos anos.

Quando comparado o preço da cota com o valor patrimonial, o HGLG está sendo negociado a um múltiplo de 1,30 vezes. Ou seja, o preço da cota está valorizado em relação ao patrimônio do fundo.
Esta valorização reflete o que tem ocorrido com os FIIs de logística recentemente.
“Os FIIs de logística estão sendo negociados acima do VP, na maioria dos casos, devido a sua capacidade de resiliência demonstrada durante a crise do Covid-19”, explica Rodrigo Cardoso de Castro, CEO do Clube FII.
Mesmo assim, a Eleven Financial Research manteve a recomendação de compra para as cotas do fundo, em relatório divulgado na última sexta-feira. Para a Eleven, o preço-alvo da cota é de R$ 198. Atualmente, o preço está na casa de R$ 175.
Emissão recente
No início de julho de 2020, o fundo anunciou sua sexta emissão de cotas. O montante inicial da oferta é de até R$ 819,9 milhões.
Serão ofertadas, no mínimo, 666.134 e, no máximo, 5.462.296 cotas, observada a possibilidade de emissão de cotas adicionais cada uma. O preço de emissão é de R$ 150,12 por cota.
De acordo com Castro, o valor de emissão está com desconto de 11,72% em relação ao valor do mercado secundário.
O direito de preferência na subscrição de novas cotas vai de 16 a 28 de julho de 2020.
Ajuda do e-commerce
Enquanto os segmentos de fundos de investimento imobiliário de shoppings e de lajes corporativas ainda estão rodeados de dúvidas sobre como será o futuro destes setores, o ramo de logística parece mais protegido dos efeitos da pandemia.
O fator que mais favorece os FIIs de galpões é o crescimento do e-commerce no Brasil durante a pandemia.
Antes da pandemia, as estimativas apontavam crescimento entre 15% e 25% das vendas do comércio eletrônico em 2020. Atualmente, estes números se situam entre 60% e 70%. As estimativas são do Grupo GS& Gouvêa de Souza.
Além disso, a instituição estima que a participação do comércio eletrônico no varejo total em 2020 pode dobrar em termos percentuais. Com isso, pode chegar perto ou superar os 10%.
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