Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Guedes acende sinal amarelo e lideranças se articulam para preservá-lo

Guedes acende sinal amarelo e lideranças se articulam para preservá-lo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, deu ao Congresso acendeu o sinal amarelo  e está insatisfeito com o andamento de sua agenda econômica

O ministro da Economia, Paulo Guedes,  acendeu o sinal amarelo no Congresso e está insatisfeito com o andamento de sua agenda econômica e com o  presidente Jair Bolsonaro, e está causando preocupação entre as lideranças do governo.

Os parlamentares estão preocupados com o fato de o desgaste causado pela declaração do ministro e sua insatisfação com Bolsonaro implicarem que Guedes deixe o governo cedo e interrompa todas as tentativas de ajustar as contas públicas do país. As informações são do Congresso em Foco.

O entendimento de lideranças é de que é preciso blindar o ministro de ataques, inclusive do fogo amigo, e fortalecer sua articulação com o Parlamento, independentemente do governo. Na avaliação deles, o problema de Guedes não é com o Congresso, mas com o próprio presidente e o núcleo político do Planalto.

Os líderes entendem que é necessário proteger os ministros dos ataques, incluindo demissões amistosas, e fortalecer a comunicação com os Parlamento, independentemente do governo. Na avaliação deles, o problema de Guedes não estava no Congresso, mas no presidente e no núcleo político do Planalto.

“A minha leitura é que hoje o principal sabotador do Paulo Guedes é o presidente Bolsonaro. O Congresso, a despeito de uma declaração infeliz ou outra, confia na pauta econômica dele”, disse o deputado Marcelo Ramos (PL-PR), ex-presidente da comissão especial da reforma da Previdência. “A única reforma que ele mandou [a da Previdência] nós aprovamos. As outras duas [tributária e administrativa] ele nem consegue mandar”,  disse um deputado  ao Congresso em Foco.

Publicidade
Publicidade

Na última semana, ministro tentou mostrar que ele tinha um bom relacionamento com o Parlamento durante evento no Palácio do Planalto.. “É natural, é político, esse empurra pra lá e pra cá e tem gente bem-intencionada dos dois lados. Estamos absolutamente seguros que as reformas continuam. O pacto federativo está no Senado. A administrativa vai entrar na Câmara e o próprio congresso já tem alguns itens da tributária. Vamos trabalhar juntos nisso”.

A resistência de Bolsonaro para as reformas administrativas foi um incentivo para Guedes entregar o trabalho ao presidente na semana passada. Ele havia ameaçado sair, mas não saiu tão resolutamente como agora. A presidente do Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), braço direito do ministro para aprovação das reformas do Senado, acredita que Guedes está sob pressão para desempenhar um papel que não deve ser dele, mas ao núcleo político do governo.

“O desgaste é que o que está sendo apresentado para cá não está passando pelo filtro de lá, do Planalto”, afirmou. Para a senadora, as propostas econômicas do governo têm chegado como uma “ideia bruta”. “O núcleo político está falhando. Não é do ‘métier’ do ministro Guedes ser político. Isso é desgastante”, disse.