O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o presidente Jair Bolsonaro ainda não havia respondido a carta enviada por 20 governadores depois do presidente acusar o governador da Bahia, Rui Costa (PT), pela morte do miliciano Adriano da Nóbrega.
Doria se reuniu com o governador do Rio, Witzel, para tratar de questões como pacto federativo, turismo e segurança. De acordo com o governador de São Paulo, os governadores resolveram esperar até depois do Carnaval para obter uma resposta do presidente. Caso não tenham resposta, uma segunda carta pode ser enviada. “nunca os governadores estiveram tão unidos”, acrescentou Doria.
Segundo Doria, os governadores tem conversado diariamente via mídias sociais. Além disso, ressaltou sua preocupação com os acontecimentos no Ceará, onde policiais efetuaram disparos contra o senador licenciado Cid Gomes.
“A situação do Ceará nos preocupa. Pensamos em fazer uma nova carta (a Bolsonaro), mas achamos melhor ouvir o presidente Bolsonaro sobre o que já formulamos”, afirmou Doria.
“Não podemos desbalancear um equilíbrio que a sociedade tem com a polícia”, disse.
Manifestação
Doria chamou de “inoportuna” a a convocação de uma manifestação em defesa do presidente Jair Bolsonaro e contra supostas chantagens do Congresso no dia 15 de março. O movimento de apoiadores do presidente acontece depois do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, criticar o Congresso, acusando-o de chantagem.
“Não vivemos uma escalada de autoritarismo, vivemos numa democracia e o regime democrático prevê respeito pelos poderes, e nós (governadores) representamos o Poder Executivo. Ele (Bolsonaro) tem que representar o que uma República, uma democracia espera de um presidente da República”, disse Doria.
O governador de São Paulo reforçou que um presidente da República não pode governar somente para quem “o seguem nas redes sociais”. Segundo Doria, “contrariar isso é afrontar a democracia, o Poder Judiciário, o Poder Legislativo e o Poder Executivo”.





