Falhas no atual sistema de saúde americano serão o tema primordial que podem favorecer o opositor de Donald Trump nas eleições presidenciais deste ano.
O assunto pode, inclusive, decidir qual candidato deve representar o Partido Democrata na disputa contra Donald Trump, já que o sistema de saúde é umas das prioridades máximas da maioria dos eleitores democratas.
As informações são do Jornal Folha de São Paulo.
Exemplos de candidatos
O senador Bernie Sanders é o candidato que apresenta a proposta mais radical, o que acabou forçando os outros a assumirem outra posição, também original.
Sua ideia é proporcionar um sistema de saúde público para todos os americanos, eliminando assim os planos privados.
A senadora Elizabeth Warren tem a mesma linha de pensamento, mas sugere um período de transição entre um modelo e outro.
Os outros postulantes democratas, Pete Buttigieg, Joe Biden e Michael Bloomberg, propõem um sistema misto de saúde – em que o governo também teria seu plano de saúde, mas sem cortar os planos privados, deixando assim a opção dos eleitores decidirem.
Governo Obama
Os governos do democrata Barack Obama (2009 a 2017) também produziram inúmeros debates sobre a questão da saúde púbica.
O ex-presidente criou o chamado Obamacare que, entre outras regras, forçava todos os americanos a ter um plano de saúde, mesmo que fosse privado.
Mas, em 2018, 8,5% dos americanos ainda não tinham convênio médico.
Custos para se ter um plano de saúde nos EUA atualmente
Para se ter uma ideia, os custos para se ter um plano de saúde nos EUA, atualmente, são exorbitantes.
Prova disso é que o governo estima que quebrar uma perna leva uma pessoa a desembolsar o equivalente a R$ 30 mil, passar três dias internado em um hospital custa R$ 120 mil e lutar contra um câncer exige centenas de milhares de dólares.
Como funciona o sistema de saúde americano
A maioria das pessoas que trabalham recebe seguro por meio do seu empregador ou pagam um plano privado.
1 – Público
Não existe cobertura pública universal
1.1 – Medicare: Atende os maiores de 65 anos e jovens com algum tipo de deficiência
1.2 – Medicaid: Atende uma parte da população de baixa renda e em vulnerabilidade social
2 – Privado
Mesmo quem tem seguro privado ainda enfrenta gastos
2.1 – “Deductible” (franquia)
Existe um valor mínimo que o cliente paga antes de o convênio começar a funcionar efetivamente.
Exemplo: Um plano de R$ 7.000 de “deductible” não cobre os primeiros R$ 7.000 do paciente.
2.2 – “Co-insurance”(co-seguro)
Nessa opção há uma porcentagem que o paciente paga para “ajudar” o convênio, com o valor variando conforme o plano, indo em geral de 10% a 40% do total da conta.
2.3 – “Out-of-pocket maximum” (máximo saído do bolso)
Corresponde ao valor máximo que o paciente paga durante o ano todo, incluindo “deductible” e “co-insurance”
Exemplo: Um máximo de R$ 12 mil significa que qualquer valor acima disso é coberto pelo convênio. Porém, há uma série de outros custos que não entram nessa conta e o paciente tem que tirar a quantia restante do próprio bolso.
Assim, mesmo quem tem plano de saúde – via empregador ou individualmente – não está seguro.
Porém, o fato é que, diante desse cenário, muitos americanos decidem todos os dias se querem ou não buscar tratamento médico.
De acordo com uma pesquisa do instituto Gallup, 25% da população dos EUA, deixou de se tratar em 2018 por causa dos altos custos. Esse levantamento mostra, ainda, que metade dos americanos temem ir à falência no caso de um dia ter uma doença grave e precise de atendimento médico.
Eleitores satisfeitos com os custos de sua saúde
Atualmente, 73% dos eleitores republicanos estão satisfeitos com os custos de sua saúde, enquanto 52% dos democratas também estão.
Campanhas de arrecadamento
Duzentos e cinquenta mil é quantidade de campanhas de arrecadamento que são realizadas por ano no site GoFundMe para pagar despesas médicas, arrecadando mais de R$ 2,7 bilhões.
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