O governo dos EUA anunciou, na última terça-feira (18), que irá impor sanções à empresa subsidiária da petroleira russa Rosneft Trading. A decisão ocorre porque a companhia vende petróleo para a Venezuela, ignorando as proibições estabelecidas por Washington de comércio com o governo venezuelano. As informações são da Agência AFP.
O secretário do Tesouro americano Steven T. Mnuchin reforçou o motivo das sanções: “A Rosneft Trading S.A e seu presidente realmente negociaram a venda e o transporte de petróleo venezuelano”.
Segundo a Reuters, um funcionário de alto escalão do governo americano, que preferiu não ter sua identidade revelada, explicou: “A Rosneft Trading (…) proporcionou a maior parte dos recursos financeiros do regime de Nicolás Maduro [presidente do país]”. A mesma fonte disse ainda que essas sanções “deveriam ter um impacto significativo”.
Executivo é mencionado
O presidente da junta diretiva da empresa Didier Casimiro também receberá sanções dos governo dos EUA por ter sido identificado como um “elemento-chave para a orientação do setor petroleiro venezuelano”. Segundo os EUA, Casimiro revelou que, no último mês, a empresa sancionada favoreceu o envio de 2 milhões de barris para a África Ocidental.
Guaidó comemora
Juan Guaidó, líder da oposição, comemorou como uma “vitória” as sanções anunciadas na última terça-feira (18) pelos EUA contra uma filial da estatal russa Rosneft, por negociar petróleo da Venezuela.
Guaidó tuitou:“A companhia petrolífera russa Rosneft Trading S.A foi sancionada por ser cúmplice da ditadura. Essa notícia é uma vitória”.
O líder da oposição citou a Declaração do Departamento do Tesouro sobre as medidas contra a subsidiária: “Quem apoia ditador, quem quer que seja, de onde vier, deve arcar com as consequências”.
Rússia condena sanções
A diplomacia russa comentou as sançóes impostas pelos EUA. Decidiu denunciar a nova tentativa de Washington de”submeter o mundo inteiro à sua vontade”, indicando “um desejo banal de criar vantagem para as empresas americanas que não resistem à concorrência justa dos fabricantes russos nos mercados”.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que “a política destrutiva das sanções americanas está cada vez mais minando a liberdade comercial global – que os americanos alegam defender – e alimenta tensões internacionais”.
O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, confirmou na última terça (18) que as sanções contra a filial russa “violam o direito ao livre-comércio e à livre empresa”.
