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EUA alertam para pandemia de coronavírus após primeiro caso na América Latina

EUA alertam para pandemia de coronavírus após primeiro caso na América Latina

EUA alertam para pandemia de coronavírus após primeiro caso na América Latina; o Brasil confirmou caso de um homem que visitou a Itália

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos alertou, nessa terça-feira (25), que os norte-americanos precisam começar a se preparar para a disseminação do coronavírus nos Estados Unidos, depois que infecções surgiram em vários outros países, informa a Reuters.

O anúncio sinalizou uma mudança de tom para a agência de saúde dos EUA, que se concentrou em grande parte nos esforços para impedir a entrada do vírus no país e na quarentena de indivíduos que chegam da China.

“Os dados da semana passada sobre a disseminação em outros países aumentaram nosso nível de preocupação e expectativa de que a doença se espalhe por aqui”, disse a jornalistas Nancy Messonnier, chefe de doenças respiratórias do CDC, em uma teleconferência.

O que não se sabe, disse ela, é quando chegará e quão grave poderá ser um surto nos EUA: “a interrupção da vida cotidiana pode ser grave” e empresas, escolas e famílias devem começar a discutir sobre o possível impacto da propagação do vírus, alertou Messonnier.

Alerta depois de caso no Brasil

O CDC, disse que, embora o risco imediato nos Estados Unidos seja baixo, a atual situação global sugere uma provável pandemia.

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A Ásia registrou centenas de novos casos de coronavírus na quarta-feira (26), incluindo um soldado americano servindo na Coreia do Sul. A doença se espalhou na Europa e chegou ao Brasil, que confirmou a primeira infecção da América Latina.

Agora, o único continente onde o vírus ainda não chegou é a Antártica.

“Não é uma questão de ‘se’. É uma questão de ‘quando’ e quantas pessoas serão infectadas”, afirmou na terça-feira a principal diretora adjunta do CDC, Anne Schuchat.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, no entanto, desaconselhou a referência a uma pandemia, definida pela agência como a “disseminação mundial” de uma nova doença: “não devemos estar ansiosos demais para declarar uma pandemia sem uma análise cuidadosa e clara dos fatos”.

“Usar a palavra pandemia de forma descuidada não traz benefícios tangíveis, mas apresenta um risco significativo em termos de amplificação do medo e estigma desnecessários e injustificados, além de sistemas paralisantes. Também pode indicar que não podemos mais conter o vírus, o que não é verdade”.

A OMS diz que o surto atingiu o pico na China por volta de 2 de fevereiro, depois que as autoridades isolaram a província de Hubei e impuseram outras medidas de contenção.

Impacto econômico da pandemia

A questão é que a OMS não está conseguindo passar esse recado. Enquanto o mundo assiste a um avanço temeroso da doença, os mercados globais vão sofrendo perdas terríveis.

A bolsas mundiais caíram pelo quinto dia com receios de interrupções prolongadas nas cadeias de suprimentos globais, enquanto o ouro voltou a atingir máximas depois de sete anos, como um refúgio ideal contra perdas.

Os mercados de ações no mundo todo eliminaram US$ 3,3 trilhões em valor nos últimos quatro pregões, conforme medido pelo índice MSCI para todos os países.

Paralelamente, os Estados Unidos registraram novos casos do vírus. Já são 59. O presidente Donald Trump, de volta a Washington após uma visita à Índia, disse no Twitter que se reuniria com autoridades dos EUA para discutir a situação.

Bruce Aylward, chefe de uma missão conjunta da OMS-China sobre o surto, disse a repórteres que não dá mais para esconder o fato de que é preciso se preparar par ao pior: “acho que o vírus vai aparecer amanhã. Se você não pensa assim, não estará pronto. Trata-se de uma epidemia que cresce rapidamente em diferentes lugares, e que temos de enfrentar rapidamente para evitar uma pandemia”.

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