Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, disse nesta segunda-feira (17), que não existem motivos para modificar a projeção de crescimento do PIB em 2,4% este ano, visto que o coronavírus ainda não impactou a economia doméstica.
“Hoje temos 2,4% de PIB para 2020 e até o momento eu não vejo motivo para alterar isso”, afirmou o secretário à Reuters.
A equipe econômica está alerta para uma eventual falta de peças originárias da China, no entanto não observou sinais nesse sentido.
A Secretaria de Política Econômica (SPE) está acompanhando a movimentação dos preços de commodities. Em sua avaliação, o declínio apresentado foi “de uma semana para cá”, e que ainda é cedo para cravar que ele será determinante para dinâmica dos contratos que ainda vão ser fechados.
“Se queda no preço de commodities for muito grande e prolongada, vai ter efeito realmente na economia brasileira”, disse.
A previsão para o PIB de 2020 pasosu de 2,23% para 2,30%, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira.
Sachsida afirmou que o coronavírus é que tem guiado essas revisões por parte dos economistas, mas frisou que, para a SPE, mais subsídios são necessários antes de uma alteração nos cálculos.
“Acho eu que não é o momento ainda. As estimativas da SPE nós rodamos de novo na semana passada, só para ter certeza, e continuam em 2,4% do PIB”, afirmou.
Sachsida afirmou que o crescimento está demorando “um pouquinho mais” na esteira de uma mudança mais profunda na composição dos investimentos, com o Estado deixando de direcionar recursos públicos para setores e projetos por ele escolhidos.
“O que acontece é que isso demora. Por exemplo, você tem um setor que é ineficiente. Você vai tirar recurso daquele setor e passar para onde é eficiente. Aquele setor ali ele perdeu um pouquinho no curto prazo. No longo prazo, as coisas vão caminhar corretamente. Mas esse período de transição, de ajuste, o investimento indo para onde ele é mais eficiente, ele é um período mais lento”, acrescentou.
De acordo com o secretário, quanto mais rápido o país aprovar as reformas, mais rápido será o crescimento econômico.
“A realidade brasileira hoje é um PIB de 1,5% se não houver reformas”, a previsão mais alta da SPE é devida a capacidade ociosa da economia.






