Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Ibovepa fecha com queda de 2,59% e Dow tem maior retração diária da história

Ibovepa fecha com queda de 2,59% e Dow tem maior retração diária da história

O Ibovespa abriu em firme queda, com recuo de 1,85%, aos 103.757 pontos. O movimento ocorre a despeito da perda de 7% na véspera.

O Ibovespa fechou em nova queda na sessão desta quinta-feira (27), recuando 2,59% e encerrando o pregão aos 102.923 pontos.

Das 73 ações que compõem o índice 69 fecharam em queda e quatro em alta. O volume financeiro negociado no Ibovespa no dia foi de R$ 39,71 bilhões.

A bolsa brasileira acompanhou a pior nos mercados internacionais – com investidores em Nova York preocupados com a possibilidade de o coronavírus se espalhar pelos EUA.

O Dow Jones despencou 1.190 pontos, equivalentes a 4,4%, aos 25.766,64. O S&P recuou 4,4% e o Nasdaq desabou 4,6%.

Segundo a CNBC, tanto o Dow quanto o S&P 500 tiveram seu pior pregão desde fevereiro de 2018, enquanto a Nasdaq registrou sua maior perda em um dia desde agosto de 2011.

Publicidade
Publicidade
Além disso, foi o maior declínio de um dia na história da Dow, superando a queda de 1.031 pontos da última segunda-feira (24). O S&P 500 também fechou abaixo dos 3.000 pela primeira vez desde outubro do ano passado.

Dólar

Após bater em R$ 4,50 no início da tarde, a valorização do dólar perdeu um pouco de fôlego e a moeda fechou em R$ 4,47 –novo recorde histórico.

A preocupação com o coronavírus seguiu como foco principal dos investidores e declarações do governo de Israel, de que o país está prestes a desenvolver a primeira vacina, ajudaram a trazer algum alívio temporário no mercado internacional.

Aqui, operadores ressaltaram que os ruídos políticos ganharam hoje peso importante para o enfraquecimento do real, com o temor de que as manifestações de apoio do governo atrapalhem a aprovação de reformas, mesmo aquelas dadas como certas, como a independência do Banco Central.

No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,79%, a R$ 4,4764, a sétima alta seguida e novo recorde histórico. No início da noite, o BC anunciou novo leilão extra de dólar para a manhã desta sexta-feira, de US$ 1 bilhão.

O sócio-fundador da Veedha Investimentos, Rodrigo Marcatti, ressalta que o dólar vem se fortalecendo no mundo todo, por causa da aversão ao risco gerada pelo avanço do coronavírus.

Mas a convocação feita pelo presidente Jair Bolsonaro no WhatsApp para protestos contra o Congresso, no próximo dia 15, agravou a situação, fazendo o risco-País subir.

Altas

Na bolsa brasileira, as ações do IRB (IRBR3) se destoaram, com valorização de 6,66%. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, teria triplicado sua posição na resseguradora.

Em seguida, entre as altas, veio a Hapvida (HAPV3), com valorização de 1,39%.

Já as ações do setor bancário fecharam o grupo de quatro papeis em alta: Banco do Brasil (BBAS3), +1,24%; e Itaú (ITUB4), +0,06%.

Baixas

Na outra ponta, entre as baixas, as companhias aéreas se destacaram novamente: Gol (GOLL4) teve retração de 8,9% e Azul (AZUL4) caiu 6,47%.

Também puxou as quedas as ações da Ambev (ABEV3), com −8,34%.

Analistas de mercado destacaram em seu balanço, divulgado hoje, o crescimento lento de volumes e as maiores despesas. Em teleconferência, a empresa afirmou que os resultados do primeiro trimestre podem ser fracos, mas devem se recuperar ao longo do ano.

CDS

O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, um termômetro do risco-país, subiu para 133,1 pontos nesta quinta-feira, 27, ante 111 pontos do fechamento de ontem e 93 na segunda-feira, de acordo com cotações da IHS Markit.

A taxa alcançou nesta quinta o nível mais alto desde 12 de outubro do ano passado, acompanhando a piora dos ativos no mercado financeiro internacional por conta dos temores com o coronavírus.

O CDS de cinco anos do Brasil foi nas mínimas em dez anos no último dia 19, batendo em 91,8 pontos. Desde então, já subiu 40 pontos.

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam a quinta sessão consecutiva em queda, com o WTI mais líquido renovando mínima de 13 meses, em meio às persistentes incertezas em relação ao impacto do coronavírus na demanda global.

O petróleo WTI para abril fechou em queda de 3,37%, a US$ 47,09 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio recuou 2,05%, a US$ 51,73 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Ouro

O ouro fechou em baixa modesta, após oscilar entre ganhos e baixas durante a sessão. O metal continua a ser apoiado pela cautela com o coronavírus e seus impactos na economia global, mas mostra pouco impulso após se aproximar de máximas em sete anos.

O metal para abril fechou em baixa de 0,04%, em US$ 1.642,50 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

(Com Rodrigo Petry e Estadão Conteúdo)