Devido à epidemia de coronavírus, o Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), principal órgão legislativo da China, analisa adiar a sessão anual agendada para março. A medida compõe um projeto que será discutido ainda no final deste mês. A declaração foi exposta durante reunião do Conselho dos Presidentes do Comitê Permanente da APN, ontem (17).
Conforme a Agência Brasil, o porta-voz da Comissão dos Assuntos Legislativos da APN, Zang Tiewei, informou que a terceira sessão anual da 13ª APN deveria começar em 5 de março, em Pequim. Inclusive, a organização da reunião foi iniciada, mas passou a ser substituída pelas ações emergenciais de prevenção ao vírus Covid-19. Já que todas as atenções da China se voltaram ao controle do surto. Para Zang Tiewei agora o momento é crucial para vencer a batalha e nenhum esforço deve ser poupado.
Aliás, entre as frentes de ação contra a doença estão muitos deputados, quase três mil, que integram a APN. Sem contar que a mobilização também abrange representantes públicos de municípios, província e outras regiões. Em geral, os encontros reúnem mais de cinco mil delegados, que partem de diversos lugares da China em direção à capital, Pequim. Onde permanecem por pelo menos 10 dias, para discutir e aprovar leis que definem os principais objetivos econômicos do ano. Caso seja confirmado, o adiamento seria um acontecimento inédito desde 1995, quando a China adotou o mês de março para as sessões.
Novas deliberações na China
Segundo a agência oficial de notícias Xinhua, o comitê deverá se reunir em 24 de fevereiro, em Pequim. Além de deliberar sobre o adiamento da sessão legislativa anual, o comitê também deve tratar de outros temas. Bem como um projeto de lei que proíbe o comércio de animais silvestres. E algumas mudanças no governo, como informou a Xinhua, sem maiores detalhes. Até o momento, o coronavírus matou 1.770 pessoas e infectou quase 71.000 na China continental.
