Bancos privados como Bradesco e Santander, a exemplo da Caixa, estudam adotar modalidade de crédito no ramo imobiliário com juros prefixados.
O anúncio foi feito pela própria Caixa Econômica Federal, na última quinta-feira (20), e as informações são do portal do jornal Estadão/Broadcast.
Diferente da modalidade baseada no Índice do Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), na do crédito prefixado, os adversários já apresentam sua preferência, a partir do entendimento de que é mais seguro realizar o empréstimo sem correr risco de ser atingido pela inflação.
Sobre o tema, o diretor de um grande banco que não quis ter sua identidade revelada afirmou que: “Para a pessoa física, o crédito imobiliário com base no IPCA gera risco. Já na modalidade com juros prefixados, gera segurança. Faz mais sentido”.
Em termos práticos, o crédito imobiliário sem correção não é mais uma novidade, já que há bem pouco tempo atrás, os bancos anunciaram a opção dos juros prefixados baseados na queda dos juros básicos do país.
Porém, como o movimento não foi bem aceito fazendo com que as taxas voltassem a subir, essas empresas viram que não seria mais vantajoso continuar com a modalidade e resolveram terminar com elas, mesmo correndo o risco de descasamento do funding (quanto os bancos pagam para captar) nos financiamentos a longo prazo, que chegam a 30 anos no caso do imobiliário.
Um outro executivo de banco também falou sua opinião sobre esse assunto: “A aceitação do crédito prefixado não é muito grande. É a modalidade mais cara, mas é a mais segura de todos. Não tem risco”.
Lidando com a concorrência
Dessa maneira, o grande interesse dos bancos privados pelo financiamento prefixado mostra que a Caixa muito em breve deve contar com fortes concorrentes, pois o cenário se mostra contrário do crédito imobiliário com base no índice de inflação, o IPCA.
Até o momento, o único que se mostrou disposto entre os grandes concorrentes foi o Banco do Brasil, que apresentou a modalidade em dezembro, com o intuito de atender às novas necessidades dos clientes.






