Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
/Economia
Notícias
João Pedro Nascimento deixa presidência da CVM após três anos no cargo

João Pedro Nascimento deixa presidência da CVM após três anos no cargo

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou nesta sexta-feira (18) o encerramento do mandato de João Pedro Nascimento na presidência da autarquia. Após completar exatamente três anos à frente do órgão regulador do mercado de capitais, Nascimento renunciou ao cargo alegando “motivos pessoais”.

A CVM informou que, de forma interina, a presidência será assumida pelo diretor mais antigo, atualmente Otto Lobo. “Havendo necessidade, informações adicionais serão divulgadas pela CVM oportunamente”, destacou a autarquia em nota oficial. A escolha definitiva do sucessor caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao se despedir, Nascimento afirmou: “Foram três anos intensos, de muito trabalho. Focamos em democratizar o acesso ao mercado de capitais, gerando mais oportunidades para emissores de valores mobiliários e investidores, por meio da redução de custos de observância regulatória e da promoção de um ambiente de negócios mais acessível, transparente e competitivo.”

Em sua declaração, o ex-presidente também enfatizou os avanços obtidos sob sua liderança: “Abrimos as portas para que mais brasileiros pudessem participar dos frutos do crescimento de companhias abertas, fundos e demais veículos de investimento. Além disso, demonstramos como mais empreendedores podem encontrar no mercado de capitais uma alternativa viável e eficiente de financiamento.”

João Pedro Nascimento e CVM: agendas e legado

Durante sua gestão, Nascimento estruturou seu trabalho em três eixos principais: as agendas executiva, regulatória e desenvolvimentista. “Em cada uma das agendas, foram implementadas iniciativas que promovem maior eficiência às atuações estratégicas da instituição”, afirmou a CVM.

“Além disso, buscam, em médio e longo prazos, tornar o regulador mais forte, moderno, dinâmico e sustentável, com foco no desenvolvimento do mercado de capitais, com integridade e abertura”, completou.

No campo executivo, as ações estiveram voltadas ao financiamento das atividades internas da CVM, contratação de novos profissionais, valorização de carreiras e modernização institucional.

Já no aspecto regulatório, a gestão de Nascimento contabilizou a edição de 70 resoluções – 30 delas apenas em 2024, incluindo nove normas contábeis e duas conjuntas com o Banco Central. Entre os avanços, destacam-se os marcos para os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (FIAGRO) e as regras para portabilidade de investimentos.

A agenda desenvolvimentista, por sua vez, teve como foco a criação de uma visão estratégica de longo prazo. Segundo a CVM, foram priorizadas quatro áreas: finanças sustentáveis, criptoativos, Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e agronegócio.

Ao final do comunicado, a autarquia agradeceu a Nascimento pela contribuição. “A CVM agradece a João Pedro Nascimento pelo período em que esteve no comando da autarquia e deseja sucesso em seus futuros projetos.”