Pelo terceiro mês consecutivo, a inflação da indústria nacional apresentou queda, registrando uma redução de 0,31% em janeiro de 2024 em comparação com dezembro de 2023.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) acumula, assim, uma retração de 5,56% nos últimos 12 meses, conforme dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (5). Em janeiro de 2023, a taxa foi de 0,29%.
O relatório destaca que, apesar do índice negativo em janeiro, não há uma queda generalizada em toda a indústria, pois 15 setores tiveram aumento de preços.
O setor de refino de petróleo e biocombustíveis (-4,77%) mostrou variação negativa pelo segundo mês consecutivo, impactado pela trajetória de queda nos preços do óleo diesel nas refinarias desde dezembro de 2023. O setor de alimentos também apresentou uma queda de 0,74%, influenciado pelos menores preços do açúcar e dos derivados de soja, ligados a uma safra favorável da cana-de-açúcar.
A atividade de indústrias extrativas (4,64%) teve uma variação expressiva, impulsionada pelo aumento nos preços do minério de ferro. Os preços do setor de perfumaria, sabões e produtos de limpeza caíram 2,03%, registrando o menor acumulado dos últimos 12 meses na série histórica da pesquisa.
O setor de impressão apresentou uma variação média de 1,79%, influenciado principalmente pelos aumentos nos produtos “impressos p/ fins publicitários ou promocionais” e “livros, brochuras ou impressos sob encomenda”.
Na perspectiva das grandes categorias econômicas, a variação de preços de dezembro de 2023 para janeiro de 2024 foi de 0,55% em bens de capital; -0,88% em bens intermediários; e 0,37% em bens de consumo. A variação foi de 0,08% nos bens de consumo duráveis e de 0,43% nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
O que é a inflação da indústria?
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) acompanha a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, e sua evolução ao longo do tempo, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no país.
Trata-se de um indicador para o acompanhamento macroeconômico e um instrumento analítico para tomadores de decisão, públicos ou privados.
A pesquisa investiga, em pouco mais de 2.100 empresas, os preços recebidos pelo produtor, isentos de impostos, tarifas e fretes, definidos segundo as práticas comerciais mais usuais. Cerca de 6 mil preços são coletados mensalmente pelo IBGE.
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