IGP-10 desacelera em janeiro, de 0,62% para 0,42%

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou uma variação de 0,42% em janeiro, indicando uma desaceleração em comparação com o mês anterior, quando registrou 0,62%. Este resultado acumula uma queda de 3,20% nos últimos 12 meses. No mesmo período do ano anterior, o índice havia variado 0,05% no mês, acumulando uma elevação de 4,27% em 12 meses. A divulgação foi feita nesta quarta-feira (17) pela FGV/Ibre. André Braz, coordenador da pesquisa, destaca que a desaceleração do índice ao produtor é explicada principalmente pelos setores de combustíveis, açúcar e soja. O índice de preços ao produtor (IPA) registrou um aumento de 0,42%, aproximadamente a metade da variação do mês anterior. O óleo diesel atingiu o ponto mais alto do último reajuste autorizado pela Petrobras, influenciando o índice ao produtor. Para as próximas apurações, espera-se uma contribuição menor do diesel para o arrefecimento da taxa do IPA. Já no âmbito do consumidor, destaca-se o reajuste das mensalidades escolares, que pode impulsionar ainda mais a taxa do IPC ao longo de janeiro. No índice da construção, o destaque foi para os materiais e equipamentos, cuja variação passou de queda de 0,20% para 0,44%. MELHORES INVESTIMENTOS PARA 2024: DESCUBRA QUAIS SÃO IGP-10 por índice O IGP-10 é composto por Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,42% em janeiro, comparado a uma alta de 0,81% no mês anterior. Nos Bens Finais, a variação foi de 0,36% em dezembro para 1,04% em janeiro, sendo influenciada pelos alimentos in natura, que passaram de 1,25% para 8,91%. Já Bens Intermediários passou de -0,20% em dezembro para -1,42% em janeiro, com destaque para combustíveis e lubrificantes para a produção, que caíram de -0,35% para -6,12%. O índice do grupo Matérias-Primas Brutas apresentou uma desaceleração, passando de 2,45% em dezembro para 1,88% em janeiro, com contribuições significativas de itens como soja em grão, cana-de-açúcar e mandioca/aipim. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,46% em janeiro, em comparação com 0,22% em dezembro. Dentre as oito classes de despesa, seis registraram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se Alimentação, Saúde e Cuidados Pessoais, Educação, Leitura e Recreação, Vestuário, Transportes e Comunicação. Por outro lado, os grupos Despesas Diversas e Habitação apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, influenciados por serviços bancários e aluguel residencial, respectivamente. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,39% em janeiro, comparado a 0,01% no mês anterior, com variações nos grupos Materiais e Equipamentos, Serviços e Mão de Obra. Inflação semanal sobe em seis das sete capitais pesquisadas Outro dado divulgado nesta quarta pela FGV foi Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) por capitais. Na segunda leitura de janeiro, o indicador registrou um aumento de 0,49%, contribuindo para uma alta acumulada de 3,23% nos últimos 12 meses. O levantamento contempla sete capitais, e seis delas registraram incremento em suas taxas de variação, indicando uma tendência de aumento nos custos para o consumidor. IPC-S por capitais. Fonte: FGV/Ibre Dentre as oito classes de despesa que compõem o índice, quatro apresentaram incremento em suas taxas de variação. O grupo de Educação, Leitura e Recreação se destacou, apresentando uma taxa que passou de 1,02% na primeira quadrissemana de janeiro de 2024 para 1,51% na segunda quadrissemana do mesmo mês. Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pelo comportamento do item cursos formais, que registrou uma variação de 3,35%, comparado a 1,66% na medição anterior do IPC-S. Outras classes que contribuíram positivamente para o resultado foram Alimentação (1,34% para 1,62%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,08% para 0,10%) e Comunicação (-0,26% para -0,12%). Destaca-se o comportamento de itens como hortaliças e legumes (10,44% para 11,98%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,44% para -0,79%) e tarifa de telefone residencial (-2,03% para -1,19%). Por outro lado, as classes de Vestuário (0,66% para 0,25%), Habitação (0,17% para 0,07%), Transportes (-0,13% para -0,19%) e Despesas Diversas (0,13% para 0,08%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Itens como roupas masculinas (0,93% para 0,36%), taxa de água e esgoto residencial (0,90% para 0,54%), tarifa de táxi (5,63% para 0,56%) e conserto de bicicleta (0,20% para -0,09%) influenciaram esse movimento. Quer ler mais notícias como esta sobre o IGP-10? Acompanhe pelo EuQueroInvestir. MELHORES DIVIDENDOS 2024: VEJA AS AÇÕES MAIS PROMISSORAS PARA POTENCIALIZAR SUA RENDA PASSIVA

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Cláudia Zucare

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