O governo deverá anunciar na quarta-feira (16) se o horário de verão será reimplementado em 2024. No entanto, a expectativa é de que essa medida fique para 2025. A decisão será baseada em novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que serão apresentados nesta terça (15).
Dentro do governo, a avaliação é de que o retorno do horário de verão ocorrerá apenas se houver uma necessidade técnica, conforme indicado pelos dados do ONS. Além disso, qualquer implementação só seria feita após o segundo turno das eleições, agendado para 27 de outubro.
Horário de verão: tema perdeu força junto ao governo
A proposta para este ano foi inicialmente defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, como resposta à seca e ao impacto na geração de energia. Contudo, com a chegada do período chuvoso, o assunto perdeu força.
Empresas aéreas também expressaram resistência, uma vez que as passagens foram vendidas sem levar em conta uma possível mudança no fuso horário. Parte da indústria manifestou preocupação com o possível aumento de custos.
Por outro lado, setores como turismo, bares e restaurantes continuam a apoiar a volta do horário de verão, que tradicionalmente impulsiona o movimento nesses segmentos. Na semana passada, Silveira afirmou que o período mais relevante para a adoção do horário de verão seria entre 15 de outubro e 30 de novembro. “Não que não tenha importância depois, mas ela vai diminuindo”, declarou o ministro.
Ele defendeu que a mudança no horário ajudaria o sistema elétrico em um “momento crítico”, diante da seca, altas temperaturas e picos de consumo que ocorrem à tarde.
O horário de verão deixou de ser adotado no Brasil em 2019, após estudos indicarem que sua economia de energia era pouco significativa.