Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
/Economia
Notícias
Dívida Pública Federal se aproxima de R$ 7,7 trilhões em maio

Dívida Pública Federal se aproxima de R$ 7,7 trilhões em maio

Impulsionada pela alta dos juros, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu 0,71% em maio, alcançando R$ 7,67 trilhões, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Tesouro Nacional. Em abril, o estoque da dívida somava R$ 7,617 trilhões. Apesar da elevação, o valor permanece dentro das projeções do Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê encerrar 2025 com a DPF entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.

A principal responsável pela alta foi a apropriação de juros — mecanismo pelo qual o governo incorpora mensalmente os rendimentos dos títulos ao saldo da dívida. Em maio, essa apropriação somou R$ 75,86 bilhões, em um cenário em que a Taxa Selic está em 15% ao ano, pressionando o custo do endividamento público.

A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi), composta por títulos emitidos no mercado nacional, cresceu 0,7%, passando de R$ 7,31 trilhões para R$ 7,361 trilhões. Apesar de o Tesouro ter resgatado R$ 25,03 bilhões líquidos — resultado de vencimentos superiores às emissões —, a apropriação de juros fez o estoque da dívida crescer.

A Dívida Pública Federal externa (DPFe), emitida em moeda estrangeira, também aumentou, passando de R$ 306,13 bilhões para R$ 309,17 bilhões, alta de 0,99%, puxada pela valorização de quase 1% do dólar em maio.

Dúvida Pública Federal

Dívida Pública Federal: composição muda com vencimentos de títulos atrelados à inflação

O vencimento expressivo de papéis indexados à inflação em maio reduziu sua participação na composição da DPF, que passou de 28,46% para 26,64%. Já os títulos prefixados, que oferecem previsibilidade ao governo, subiram de 20,23% para 21,1%. A fatia dos papéis atrelados à Selic também cresceu, de 47,3% para 48,25%, mantendo-se dentro da faixa de 48% a 52% estipulada pelo PAF.

A participação da dívida vinculada ao câmbio (em dólar) se manteve estável, oscilando de 4,01% para 4,02%, dentro do intervalo estabelecido pelo governo para o fim de 2025, entre 3% e 7%.

Leia também:

O chamado “colchão da dívida” — reserva de liquidez utilizada para amortecer períodos de alta concentração de vencimentos — recuou de R$ 904 bilhões em abril para R$ 861 bilhões em maio. O principal motivo, segundo o Tesouro, foi o resgate líquido de títulos. Atualmente, essa reserva cobre 8,77 meses de vencimentos da dívida, com R$ 1,229 trilhão previstos para vencer nos próximos 12 meses.

O prazo médio da DPF aumentou ligeiramente, passando de 4,17 anos em abril para 4,20 anos em maio, o que é visto como um sinal positivo pelo mercado, indicando maior confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar seus compromissos.

As instituições financeiras seguem como principais detentoras da dívida interna, com 30,1% de participação. Fundos de pensão (23,6%) e fundos de investimento (22,4%) vêm em seguida. Já a participação de investidores estrangeiros subiu de 9,7% para 9,9%, embora ainda esteja abaixo dos 11,2% registrados em novembro do ano passado.

A Dívida Pública Federal é o principal instrumento de captação de recursos do governo junto aos investidores, que emprestam dinheiro por meio da compra de títulos em troca de uma remuneração futura, geralmente atrelada à Selic, inflação, dólar ou com taxa prefixada.