O governo do Canadá anunciou que começará a aplicar, a partir desta quarta-feira (9), uma tarifa de retaliação de 25% sobre automóveis fabricados nos Estados Unidos. A medida, divulgada oficialmente pelo Ministério das Finanças, é uma resposta direta às tarifas previamente impostas pelos EUA contra o setor automotivo canadense.
Segundo o comunicado, a tarifa canadense permanecerá em vigor até que Washington retire suas barreiras comerciais à indústria automobilística do Canadá, aprofundando as tensões comerciais entre os dois países vizinhos, cujas economias historicamente interdependentes enfrentam novos atritos.
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, reforçou a posição do governo durante uma coletiva de imprensa. Ele criticou não apenas as tarifas sobre automóveis, mas também as sanções impostas pelos EUA sobre a madeira serrada canadense, classificando-as como “injustificadas e equivocadas”. Carney defendeu uma mudança de paradigma na economia nacional: “Precisamos construir uma prosperidade que não seja baseada nos Estados Unidos”, afirmou.
Canadá e Estados Unidos: incentivos para economia
Como parte dessa estratégia, Carney anunciou uma série de incentivos destinados a impulsionar a economia interna, com foco na criação de empregos e no setor habitacional. O plano inclui investimentos em infraestrutura e estímulos para empresas locais, com a meta de dobrar o ritmo anual de construção de moradias.
“Isso é um incentivo para criar novos empregos e sustentar milhares de famílias, diminuindo nossa dependência nos EUA”, declarou o premiê.
Mais cedo, o governo Trump confirmou a aplicação de uma tarifa extra de mais 50% sobre produtos da China, elevando em 104% o total de taxas pagas por produtos daquele país asiático.
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