A Camil Alimentos S.A. (CAML3) é uma empresa brasileira líder no setor de alimentos, com atuação no processamento, comercialização e distribuição de produtos como arroz, feijão, açúcar, farinhas e óleos vegetais. Fundada em 1963, a Camil tem uma longa história de sucesso e expansão em diversos mercados, tanto no Brasil quanto em países da América Latina, como Uruguai, Chile, Peru e Bolívia.
A trajetória da Camil no mercado teve início em 1963, quando a empresa era apenas uma cooperativa de produtores de arroz. Até então, a Camil Alimentos coleciona conquistas e vitórias em mais de 50 anos de história, se tornando líder no segmento em que atua.
A princípio, a empresa foi fundada como uma cooperativa no Rio Grande do Sul, após o cultivo de arroz migrar da região Centro-Oeste para a região Sul. Naquela época, a produtividade no sul do país era mais vantajosa para os produtores de arroz, que investiram na oportunidade de criar novos negócios.
Em 1974, a Camil iniciou a distribuição de arroz em embalagens plásticas de 5 kg. Naquele tempo, a atitude foi vista no mercado como uma inovação, onde a empresa recebeu elogios dos consumidores. A forma de comprar arroz em embalagens de 5 kg é, inclusive, o meio mais utilizado até os dias atuais.
Já em 1975, a Camil iniciou o processo de expansão e abriu, em São Paulo, o primeiro centro de armazenamento, distribuição e atendimento destinado aos clientes. Com o centro em operação, a empresa expandiu as operações realizadas naquele ano.
A década de 90 foi um marco para a expansão comercial da Cami. Isso porque, a empresa passou a integrar novos mercados, incluindo em seu portfólio de produtos o feijão. Além disso, a Companhia realizou a transferência da sede da empresa para São Paulo, que antes ficava localizada no Rio Grande do Sul.
A partir do ano 2000, o foco da empresa se voltou para o crescimento orgânico, baseado em aquisições. No mesmo ano, a família Quartiero assumiu o controle da Companhia, construindo ainda mais o histórico sólido de aquisições.
Uma das primeiras aquisições, as marca Príncipe e Pai João e Príncipe, ocorreu em 2001, e deu início às atividades da empresa nos estados do Rio de Janeiro e Ceará, respectivamente. Além disso, a Companhia também adquiriu unidades industrias em outras regiões do Brasil, como Recife, Camaquã, e Centros de Distribuição no Centro-Oeste, Nordeste e região Sudeste.
O primeiro passo para a diversificação internacional foi dado em 2007, quando a Camil adquiriu, no Uruguai, a marca Saman – empresa especializada na exportação de arroz uruguaio. Em seguida, a Companhia realizou mais uma aquisição internacional, em 2009.
Dessa vez, a Camil adquiriu, no Chile, a Tucapel – marca líder de vendas e share of mind. Já em 2014, a Companhia adquiriu, no Peru, a Costeño e a marca Paisana, ambas líderes no segmento de empacotamento de arroz.
No Brasil, a empresa que antes era focada no industrialização e comercialização de arroz, diversificou o portfólio de produtos ao entrar no mercado de pescados enlatados, mais especificamente na comercialização de atum e sardinha. A comercialização foi possível após a aquisição de duas grandes marcas, a Coqueiro e Pescador.
Em 2012, o portfólio da Camil se tornou ainda mais diversificado com a entrada da empresa no mercado de açúcar. A diversificação no mercado em específico foi proporcionada pela aquisição das marcas União e Da Barra. Em 2017, a Companhia entrou para a Bolsa de Valores no mais alto nível de governança, o Novo Mercado.
Já em 2018, a empresa realizou a compra da SLC Alimentos, detentora da marca Namorado. Por fim, em 2020, a Camil iniciou operação no setor de rações, no Chile. Atualmente, a Camil Alimentos é líder nos mercados em que atua, tanto nacionalmente quanto internacionalmente.
O Conselho de Administração da Camil Alimentos S.A. (CAML3) aprovou o pagamento de Juros sobre capital próprio (JCP) no montante bruto de R$ 25 milhões, equivalente ao valor bruto unitário de R$ 0,071777203 por ação ordinária.
No primeiro trimestre de 2023 (1T23), a Camil Alimentos S.A. (CAML3) divulgou um lucro líquido de R$ 64 milhões, representando uma queda de 33,9% em relação ao mesmo período de 2022. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 198,5 milhões no 1T23, apresentando uma redução de 18,8% em relação ao 1T22. A margem Ebitda ficou em 7,5%, uma queda de 2,7 pontos percentuais (p.p.) em relação ao período anterior.
Por outro lado, a receita líquida teve um crescimento de 10,7% no primeiro trimestre deste ano, alcançando o valor de R$ 2,654 bilhões, quando comparada com o mesmo período de 2022. O lucro bruto foi de R$ 550 milhões no 1T23, registrando um aumento de 0,5% em relação ao 1T22, porém a margem bruta sofreu uma redução de 2,1 p.p., alcançando 20,7% no 1T23.
As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 438,3 milhões no 1T23, apresentando um crescimento de 22,1% em relação ao mesmo período de 2022, equivalente a 16,5% da receita líquida.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 105,2 milhões no trimestre, refletindo um aumento de 23,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao aumento das despesas financeiras relacionadas a juros sobre financiamentos, em função do aumento da taxa de juros entre os períodos.
O Capex, que representa os investimentos em expansão de café e massas, atingiu R$ 95,5 milhões no trimestre, apresentando um crescimento anual de 233,9% e uma redução de 3,1% na comparação trimestral.
O endividamento líquido da companhia atingiu R$ 4 bilhões em 31 de março de 2023, representando um crescimento de 16,8% em relação à mesma data de 2022.
A liquidez total (que inclui caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras de curto e longo prazo) alcançou R$ 921,2 milhões, mostrando uma redução de 31,4% na comparação com o ano anterior.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,5 vezes em março de 2023, aumentando 1,1 vez em relação ao mesmo período de 2022. Tais resultados foram impactados, principalmente, pelo investimento concentrado em expansões já contratadas, como a ampliação da capacidade de massas, expansão da capacidade de café e início da produção de café em embalagem a vácuo, e a transferência da linha de produção de cookies para Goiânia.
Para investir nas ações da Camil é um processo relativamente simples. Em primeiro lugar, você precisa ter uma conta aberta em uma corretora de valores, caso tenha alguma dúvida sobre isso fale com a EQI.
Na plataforma da corretora, procure o ticker da Camil, que é o CAML3, e insira a quantidade de ações que deseja investir. Após a compra dos ativos, acompanhe o desempenho das ações e leia o noticiário corporativo para acompanhar o que acontece na empresa.
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