10 Jul 2021 às 18:00 · Última atualização: 10 Jul 2021 · 7 min leitura
10 Jul 2021 às 18:00 · 7 min leitura
Última atualização: 10 Jul 2021
A Conasa Infraestrutura, criada em 2007, e hoje com sede em Londrina, no Paraná, está na lista de IPOs deste ano.
Com atuação em concessões públicas e parcerias público privadas regionais de saneamento, iluminação pública e rodovias, a empresa tem operações que incluem o atendimento a 825 mil pessoas em saneamento, a gestão de 283 mil pontos de iluminação e 520 km de rodovias.
Vamos conhecer melhor a empresa?
A origem da companhia vem de 2004, quando surgiu a Companhia Águas de Itapema, que obteve a gestão do abastecimento de água e o tratamento de esgoto de Itapema, município de Santa Catarina. Três anos depois, em 2007, foi criada a holding Conasa, que passou a centralizar as atividades da Companhia Águas de Itapema e seguiu expandindo os negócios com várias outras aquisições posteriormente.
A Conasa Infraestrutura é uma plataforma diversificada para desenvolvimento de ativos de infraestrutura. O foco é em concessões públicas e PPP (Parcerias Público Privadas) de saneamento, iluminação pública e rodovias, e outros serviços.
As operações estão localizadas nas cinco regiões do Brasil, presentes nos estados do Paraná, Mato Grosso, Piauí, Alagoas, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Pará.
“Acreditamos que o setor de infraestrutura no Brasil apresenta déficits de investimento e enfrenta problemas que não podem ser solucionados, na escala e velocidades necessárias, sem a participação efetiva da iniciativa privada”, diz a empresa.
O principal foco está em concessões de médio porte, setor no qual a empresa acredita ter acesso a margens e perspectivas de retornos atrativos. A empresa diz ter acesso diferenciado a financiamentos com prazos e custos adequados para as atividades, que já ultrapassaram mais de R$ 300 milhões em captações nos últimos cinco anos.
Assim, a empresa acredita ocupar um espaço único no setor de infraestrutura brasileiro, visto que se posiciona entre as companhias de grande porte que atua nos setores de saneamento, energia e rodovias, que focam em grandes projetos, e companhias de menor porte, que, assim como a Conasa, focam em projetos de menor escala, mas não têm estrutura de gestão e engenharia estruturadas e acesso a financiamentos de qualidade.
A Conasa se posiciona com uma estratégia de diversificação entre setores de infraestrutura, com maior foco em saneamento. Mas tem a possibilidade de ingressar em outros setores, estratégia usualmente não utilizada por empresas nos segmentos de negócio da empresa, as quais tendem a ser focadas em um único segmento.
“A nosso ver, isso faz com que atualmente sejamos uma das únicas companhias com grande flexibilidade em nossa estratégia, atuando de forma competitiva em leilões regionais”, diz a Conasa.
O lucro líquido consolidado da Conasa cresceu nos últimos anos. Assim, passou de R$ 3,7 milhões em 2018 para R$ 10,3 milhões em 2019 e R$ 57,7 milhões em 2020.
O Ebitda Ajustado variou de R$ 61,2 milhões (2018) para R$ 53,1 milhões (2019) e R$ 86,9 milhões (2020). A margem ajustada foi de: 47,47% (2018), 42,11% (2019) e 47,74% (2020).
A receita líquida da Conasa cresceu de R$ 169 milhões em 2018 para R$ 195 milhões em 2019 e R$ 282 milhões no ano passado.
No primeiro trimestre de 2021, a empresa apresentou lucro líquido de R$ 35,1 milhões. Além de Ebitda ajustado de R$ 15,7 milhões e receita líquida de R$ 108,9 milhões.
As tarifas cobradas pela Conasa poderão não sofrer reajustes ou poderá haver desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão;
Parte significativa dos ativos da companhia e suas controladas está vinculada à prestação de serviços públicos e não estará disponível para liquidação em caso de falência, nem poderá ser objeto de penhora para garantir a execução de decisões judiciais;
Os contratos de concessão e de PPP da empresa estabelecem metas contratuais, as quais, se não atendidas, podem gerar sanções administrativas e regulatórias;
A companhia está sujeita às penalidades e hipóteses de extinção antecipada previstas na Lei nº 8.666/1993; na Lei nº 14.133/2021 e na Lei nº 13.303/2016, tendo em vista que a maioria de sua receita advém de contratos celebrados com entidades da administração pública.
A empresa fez o pedido de IPO em maio deste ano à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A companhia tem entre os sócios os fundos fechados de previdência Serpros e Igreprev Tocantins. E ainda um grupo de 12 pessoas físicas reunidas sob o fundo de investimentos Infra Patrimonial I FIP. Mas nenhum deles vai vender ações na oferta, que será somente primária.
Ou seja, todos os recursos do IPO vão para o caixa da Conasa.
A empresa quer usar os recursos para:
A oferta é coordenada por Santander, Itaú BBA, BTG Pactual, Banco ABC Brasil e Safra.