08 Jun 2022 às 15:15 · Última atualização: 08 Jun 2022 · 7 min leitura
08 Jun 2022 às 15:15 · 7 min leitura
Última atualização: 08 Jun 2022
Um antigo grupo econômico do país tem CDBs disponíveis para aplicação atualmente no mercado. Trata-se da Lojas Pernambucanas, mas será que vale a pena? Para responder essa pergunta, este artigo analisa mais de perto esse título financeiro.
Prossiga na leitura e descubra se esse investimento faz sentido para você!
Confira agora!
A sigla CDB quer dizer “Certificado de Depósito Bancário”. Como seu próprio nome indica, trata-se de um depósito feito em um banco por meio do qual se tem origem um certificado.
Esse certificado é o título em si. É ele que o investidor “leva para casa” em troca do recurso emprestado para o banco. Em troca, será retornado o valor investido inicialmente com o acréscimo de juros pelo período contratado.
Existem 3 tipos de CDBs, basicamente. O primeiro deles é o prefixado. Nesse tipo de título já se sabe qual será a rentabilidade obtida ao final do período no ato da aplicação.
Essa modalidade de papel tem em sua inscrição o percentual de rendimento. Por exemplo, 12% ao ano.
O segundo tipo é o pós-fixado. Ele é chamado assim porque não é possível saber o quanto o título renderá ao final do período. Sabe-se apenas que a remuneração será positiva.
Isso acontece porque o rendimento é atrelado a algum índice financeiro, o CDI ou a inflação, por exemplo. Como existe variação no período, só se sabe a rentabilidade no vencimento da aplicação.
Por fim, existe o modelo híbrido. Nesse tipo de CDB, uma parcela do rendimento se dá de modo prefixado e outra parte no modelo pós-fixado.
A Pernambucanas Financiadora não se chama mais assim. Na verdade, seu nome atual é Pefisa S.A. Ela é o braço financeiro do grande grupo do varejo brasileiro conhecido como Pernambucanas.
Sua atuação é voltada principalmente para a carteira de crédito do grupo econômico. Seu foco é mantido principalmente nos consumidores, que fazem parte das classes C, D e E.
Sua função principal é conceder crédito para a compra financiada de seus produtos, que se concentram em itens de moda e utensílios domésticos, além da linha de eletroeletrônicos.
Adicionalmente, a Pefisa S.A. também fornece linhas de crédito pessoal e cartões de crédito aos seus consumidores. Tudo isso contribui para o desempenho financeiro do grupo.
Recentemente, o grupo Pernambucanas vem passando por uma reestruturação. Atualmente sob o controle da família Lundgren, o grupo finalmente viu o fim de disputas societárias internas e pode seguir em frente com seus planos.
Esse planejamento prevê a expansão das lojas físicas em mais 50 unidades. Atualmente são 450 lojas espalhadas por mais de 300 cidades em 10 estados diferentes.
Outro ponto importante no planejamento do grupo é o aumento dos investimentos em tecnologia. O objetivo é melhorar as vendas pelos canais virtuais, dada toda a dificuldade do setor varejista com a crise da pandemia.
Isso se refletiu no desempenho operacional da companhia. Positivo em 2018 e em 2019, o lucro líquido foi de R$ 42 milhões e R$ 75 milhões, respectivamente. Já em 2020, houve prejuízo de R$ 9 milhões.
Mas o grupo já se recuperou e em 2021 apresentou lucro líquido de R$ 12 milhões. Como forma de expandir o caixa da empresa e aumentar a captação de recursos, a Pefisa S.A. mantém 3 CDBs disponíveis para aplicação.
Atualmente existem 3 modalidades de CDBs emitidos pela Pefisa S.A., o braço financeiro das Pernambucanas conforme já explicitado. O investidor que desejar adquirir algum deles deve analisar o que melhor lhe atende.
O principal fator de diferenciação entre eles é a rentabilidade e o prazo de aplicação. Todos os 3 tipos podem ser adquiridos por meio de aportes iniciais de R$ 1 mil ou de R$ 5 mil, ficando a critério do investidor.
Para todos, a alíquota de incidência do imposto de renda é de 15% sobre o rendimento auferido, já que os três ultrapassam um prazo de aplicação de 720 dias.
Confira a seguir a descrição detalhada de cada um deles a fim de fazer a melhor escolha possível. Acompanhe!
Conforme está expresso em sua própria descrição, esse título remunera o investidor em um total bruto de 114% do CDI. Como é indexado a um indicador, trata-se de um papel pós-fixado.
Sua rentabilidade é a menor dentre as três alternativas por conta do seu vencimento. Esse CDB possui prazo de resgate de 24 meses, a contar da data de aplicação.
Assim, o investidor que optar por adquiri-lo deverá aguardar 2 anos para resgatar o valor principal acrescido dos juros.
Já essa alternativa de investimento tem um prazo um pouco mais alargado e, por conta disso, oferece uma rentabilidade maior que o CDB anterior.
Ao investir nesse papel, o investidor terá uma rentabilidade de 119% do CDI, alguns pontos maiores que o papel anterior. O prazo para resgate é de 36 meses, ou seja, 3 anos.
Por fim, há o título de maior pagamento entre todos eles. O CDB de 120% do CDI é levemente maior que o CDB apresentado anteriormente e significativamente acima do primeiro papel.
A razão disso é novamente o prazo de aplicação. Para conseguir auferir esse rendimento, o investidor deverá deixar seu recurso aplicado pelo prazo de 4 anos.
Assim, o CDB Pernambucanas Financeira 120% do CDI tem um período de investimento de 48 meses.
Mesmo que seja uma aplicação pertencente ao mercado de renda fixa, existem riscos envolvidos. Toda investimento é assim. No caso do CDB da Pefisa, o principal risco está concentrado no campo do crédito.
Isso quer dizer que a preocupação deve se voltar para a capacidade de pagamento do emissor. Para isso, deve-se analisar os dados financeiros e contábeis apresentados pelo grupo.
Ainda assim, por ser um CDB, essa aplicação financeira conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito, o FGC.
São cobertas aplicações no limite máximo de R$ 250 mil. Ou seja, caso a Pernambucanas venha a quebrar durante o prazo de vigência do CDB, o investidor será ressarcido até o valor teto de R$ 250 mil.