13 Mai 2022 às 18:19 · Última atualização: 24 Jun 2022 · 3 min leitura
13 Mai 2022 às 18:19 · 3 min leitura
Última atualização: 24 Jun 2022
Pixabay
O mercado de criptomoedas registrou forte recuperação nesta sexta-feira (13), com o Bitcoin negociado acima de US$ 30 mil. Este cenário representa alta de 8% no acumulado e apesar do bom resultado, ainda é necessário cautela ao investir neste tipo de ativo financeiro.
O momento também é bom para as Altcoins, que tiveram retorno mais expressivo, acima de 10%. Esta criptomoeda possui maior volatilidade e sofreu um impacto maior que o Bitcoin.
Em contrapartida, a Terra (Luna) registrou grande queda e perdeu quase a totalidade do seu valor de mercado. A criptomoeda, que já valeu US$ 120 em sua máxima histórica, foi negociada a US$ 0,009 na última quinta-feira (12).
No geral, estima-se ganhos mais expressivos para as moedas digitais, que estão inseridas em um momento de recuperação. A Cardano anotou alta de 40%, enquanto BNB, XRP e Solana obtiveram crescimento de até 30% durante a madrugada.
Apesar de números favoráveis para as criptomoedas, o ativo financeiro ainda acumula queda. Segundo dados da CoinDesk, que foram publicados no portal G1, as moedas digitais caíram 30% ao ano.
Este cenário nebuloso começou em novembro do ano passado, após a maior cotação do ativo, quando foram contabilizados US$ 69 mil. Estima-se perda acima de 50%.
Na última terça-feira, o Bitcoin foi negociado a US$ 29.7654, abaixo dos US$ 30 mil e sofreu o seu sexto dia de queda consecutiva. Ethereum, Benence e Solana também registraram baixas. Vale lembrar, que moedas digitais estão expostas às fortes variação em suas cotações.
As cotaçãos das criptomoedas acompanham o mercado financeiro e a queda de ativos de maior risco, como ações e títulos de empresas de tecnologia.
A crise financeira nos Estados Unidos é um grande obstáculo para este mercado, com as pressões do Federal Reserve (Fed), que visam aumentar os juros para combater a inflação. Vale ressaltar, que a taxa básica subiu para o intervalo entre 0,75% e 1%, o que representa a maior alta em 22 anos.
Neste contexto, existe uma maior procura por investimentos que estão atrelados à ativos mais rentáveis e de menor risco, como é o caso de títulos do tesouro-americano (treasuries). O dólar também ganhou força e o fortalecimento da moeda física tende a desvalorizar as virtuais.
A tendência também causa impacto nos títulos de tecnologia, cujo desempenho foi beneficiado por políticas monetárias ao longo da pandemia do coronavírus. Segundo o índice Nasdaq, houve queda 1,5% na semana passada com perda de 22% no acumulado do ano.
O site CoinMarketCap analisou o desempenho dos criptoativos durante o mês de abril. Segundo notícia da Agência Reuters, as moedas digitais sofreram queda de US$ 800 bilhões em seu valor de mercado no último mês.
O bitcoin está atrelado às condições econômicas mais amplas e com um mercado volátil, tende a desvalorizar com a baixa liquidez.
Em 2021 houve queda e ascenção para as criptomoedas. As unidades digitais ficaram abaixo de US$ 30 mil nos meses de junho e julho, porém ganharam força e computaram índices históricos em novembro.
Países como El Salvador e República Centro-Africana adotaram as criptomoedas como divisa oficial e investiram nestes ativos com a desvalorização. O mesmo aconteceu com grandes investidores.
A estabilidade do Bitcoin, que foi criado em 2009, está atrelada a baixa taxa de juros. O cenário se torna incerto com as medidas adotadas pelo Banco Central americano, que tenta conter o avanço da inflação.
O valor justo no mercado e a ausência de regulamentação por parte dos Bancos Centrais contribuem para a volatilidade do bitcoin, que conta com a tecnologia blockchain para registro de transferências. A ausência de regras neste tipo investimento, de alto risco, representa uma menor proteção ao patrimônio.