Alô Câmbio! Tudo bem com você?
O BRL segue como a moeda que mais se valorizou no ano de 2022. Os motivos eu tenho repetido aqui para vocês, semana após semana. No nosso call de hoje, exploro um pouco mais este tema e quais os riscos para a “festa” diminuir. Sendo assim, portas em automático e vamos lá!
O diferencial de juros
O famoso carry trade ou “carrego” segue bem dilatado no Brasil. Com o BACEN subindo juros a taxas de pelo menos 1% a cada reunião, não poderia ser diferente. Isto não seria algo relevante se por exemplo, Powell e seus colegas do FED estivessem na mesma batida. Longe disso… Apesar das últimas sinalizações.
Um pouco mais hawkish
Esta semana o presidente do Federal Reserve optou por adotar um tom mais duro em relação aos juros por lá. Comentou da chance de subir em 0.5% as treasuries na próxima reunião. Mesmo assim, a declaração parece ter passado bem longe de influenciar a cotação da moeda brasileira. Mesmo se a autoridade monetária acelerasse o passo para (impensáveis) 1%, o espaço entre a taxa brasileira e a americana seguiria nas máximas desde 2017.
Commodities
Com aproximadamente 75% da sua pauta de exportações composta por itens primários, a alta do preço destes itens traz mais dólares ao Brasil. Não tem plano B… Por conta deste fato (também), a divisa local só ganha mais força frente aos pares externos. E enquanto tivermos a chamada crise na cadeia de suprimentos, somada às tensões na Europa, a valorização do Petróleo mais Commodities agrícolas e metálicas deve seguir na pauta do noticiário.
Até o Fiscal tem ajudado
Sempre ele… Só que desta vez, seja por ações do Governo ou pela correção da Inflação, o Brasil tende a zerar o déficit nominal já no ano que vem. E quem diria… O país, tal como tivemos na primeira década do século, pode voltar a ficar no azul em relação às contas públicas.
Então vamos sentar e esperar o USDBRL voltar para 4.00…
Tenho certeza de que este seria um cenário dos sonhos para muitos importadores. Ou você que pensa em ver o “Mickey” nos próximos meses… Porém estamos em uma janela onde tudo tem dado certo para o Real. E no Mercado Financeiro, se existe uma certeza, é de que ninguém tem certeza de nada. Confira:
Estamos em ano eleitoral
Não tem como fugir deste fato. Desde 1989, apenas em 2010 tivemos valorização cambial no país. Em todas as outras eleições presidenciais, a divisa brasileira perdeu poder de compra. Ou seja, mesmo com tudo contribuindo, não dá para dizer que teremos uma repetição do que vimos a 12 anos atrás.
Guerra na Europa
Apesar das tropas russas parecerem estacionadas a algumas semanas sem grandes avanços no terreno, a coisa ainda parece longe de uma solução. Até mesmo a busca por informações a respeito do que tem ocorrido tem sido muito difícil. A Imprensa parece mais narrar uma disputa de Fla-Flu, Corinthians e Palmeiras, do que de fato apontar o que ocorre com cada um dos lados. Uma escalada do conflito para países da OTAN, apesar de remota, ainda está entre os cenários eventuais para as próximas semanas.
As antigas repúblicas soviéticas
Quem entende um pouco de história, sabe da relação conturbada na Europa Oriental, especialmente no pós-segunda guerra. Pois bem… Depois de trazer a Síria e utilizar bases da Bielorrússia para a sua ofensiva, a Rússia despertou antigas desconfianças por lá. A ponto da Polônia e Estônia (entre outros países) estarem pressionando os EUA a ampliar o apoio militar à Ucrânia. Até entrega de caças já chegou a ser ventilada. Ou seja, qualquer passo em falso ou que seja mal interpretado pode trazer outros atores hoje “a parte” do conflito…
A escolha correta: Fazer Hedge
E sempre vai ser, não importa o cenário. Sendo assim, entre em contato conosco hoje ainda para ajudarmos você nas melhores estratégias financeiras e de proteção do poder de compra. Nós, da EQI, estamos à sua disposição.
Obrigado, abraços e até semana que vem. Câmbio desligo.
