A Netflix (NFLX; $NFLX34) registrou um lucro líquido de US$ 3,1 bilhões no segundo trimestre de 2025, equivalente a US$ 7,19 por ação, superando os US$ 2,1 bilhões (ou US$ 4,88 por ação) apurados no mesmo período do ano passado. O resultado veio acima das estimativas de analistas consultados pela LSEG, que projetavam um lucro por ação de US$ 7,08.
A receita da companhia avançou 16% na comparação anual, atingindo US$ 11,08 bilhões, também superando levemente a expectativa do mercado, que era de US$ 11,07 bilhões. De acordo com a empresa, o crescimento foi impulsionado por três fatores principais: aumento no número de membros, preços mais altos de assinatura e avanço na receita publicitária.
O fluxo de caixa livre da Netflix foi de US$ 2,3 bilhões, alta de 91% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Já o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais somou US$ 2,4 bilhões, com crescimento de mais de 84%. Com esse desempenho, a empresa elevou sua previsão de fluxo de caixa livre anual para uma faixa entre US$ 8 bilhões e US$ 8,5 bilhões, frente à estimativa anterior de cerca de US$ 8 bilhões.
Margem operacional da Netflix fica em 34,1%
A margem operacional da companhia ficou em 34,1% no trimestre, o que representa uma melhora de quase 3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e de quase 7 pontos percentuais na comparação com o segundo trimestre de 2024. Ainda assim, a Netflix alertou que a margem do segundo semestre será menor, devido ao aumento dos custos com amortização de conteúdo e despesas com vendas e marketing, previstas para acompanhar um calendário de lançamentos mais robusto.
Mesmo com os resultados fortes, as ações da empresa recuaram cerca de 1% no pregão, refletindo a cautela dos investidores com a pressão de custos esperada para o segundo semestre. Entre os lançamentos programados estão a segunda temporada de “Wednesday”, o final da série “Stranger Things”, além dos filmes “Happy Gilmore 2” e “Frankenstein”, dirigido por Guillermo del Toro.
Pelo segundo trimestre consecutivo, a Netflix optou por não divulgar dados trimestrais de crescimento de assinantes, reforçando o foco em métricas financeiras e na expansão da publicidade como vetor de crescimento. A empresa também revisou para cima sua projeção de receita anual, que agora deve ficar entre US$ 44,8 bilhões e US$ 45,2 bilhões — acima da faixa anterior de US$ 43,5 bilhões a US$ 44,5 bilhões. A revisão reflete o bom desempenho operacional e o enfraquecimento do dólar frente a outras moedas.
