Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Reforma administrativa pode ficar para 2020, admite Bolsonaro

Reforma administrativa pode ficar para 2020, admite Bolsonaro

A reforma, que pretende alterar carreiras e salários do serviço público, pode ficar só para 2020, segundo análise do próprio presidente Jair Bolsonaro

A reforma administrativa, que pretende alterar carreiras e salários do serviço público, pode ficar só para 2020, segundo análise conjuntural do próprio presidente Jair Bolsonaro.

Segundo informou o jornal Folha de São Paulo, ele disse que pretende aguardar uma “uma melhora no clima político no Poder Legislativo para evitar uma reação negativa à proposta”. O lobby da categoria é um dos mais fortes dentro do Congresso Nacional, com uma frente parlamentar chegando a 255 deputados, do universo de 513, o suficiente para barrar qualquer investida do governo.

A proposta estava prevista para surgir junto com a PEC do pacto federativo, enviada ao Congresso no início de novembro. A proposta de emenda à Constituição, chamada de Plano Mais Brasil, muda a distribuição de recursos entre União, estados e municípios, e já um enorme desafio para o governo.

Com a proximidade das eleições municipais, essa melhora no clima político, entretanto, pode não aparecer nem em 2020, por isso a reestruturação do serviço público acabou adiada. As eleições costumam acirrar as disputas políticas.

Paulo Guedes prega cautela com reforma

O ministro da economia Paulo Guedes segue na mesma linha do presidente e adotou cautela com a apresentação da reforma administrativa. Perguntado se a reforma iria ser apresentada esta semana, ele foi evasivo: “não tão cedo”.

Publicidade
Publicidade

A forte resistência no Congresso ajudou a compor esse quadro cauteloso do governo, que tem outros desafios pela frente, como a PEC emergencial, que visa reduzir e desvincular gastos obrigatórios, com gatilhos para conter tais gastos num quadro onde o governo entenda que haja “dificuldade fiscal”; e a PEC que revisa fundos públicos.

Onda de protestos

Há ainda uma outra preocupação do governo: os protestos que se desenrolam na América do Sul, especialmente no Chile e na Bolívia, podem inspirar manifestações também no Brasil, diante dessa iniciativa de mexer no funcionalismo público.

Isso porque a reforma administrativa promete tirar privilégios dos servidores. Uma das principais alterações do sistema atual é a revisão de benefícios como licenças e gratificações, além do fim da progressão automática por tempo de serviço, alinhamento no valor dos salários público e privado e a possibilidade da regulamentação da lei de greve para o funcionalista. Temas de difícil aprovação e bastante sensíveis a uma categoria fortemente representada no Congresso.

LEIA MAIS:

O que são os fundos de debêntures incentivadas?

Money Week: conheça o maior evento online de investimentos do Brasil