Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, apontou, na manhã da última segunda-feira, os principais “culpados” pelo PIB (Produto Interno Bruto) do País não ter alcançado o crescimento projetado inicialmente para 2019, que era de 1,59% – a projeção caiu para 0,92%.
Segundo Campos Neto, que esteve em São Paulo para um encontro com dirigentes de fintechs, foram três os principais choques que influenciaram para a queda estimada do PIB.
Economia argentina: O presidente do BC mostrou que o impacto da instabilidade econômica vivida pelo país vizinho tirou 0,18 pontos percentuais do PIB brasileiro.
Economia global: O choque da economia global foi responsável, na visão de Roberto Campos Neto, por tirar mais 0,29% da projeção de crescimento do PIB do País.
Rompimento da barragem da Vale: Uma das principais tragédias ocorridas no País em 2019 foi o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho e, segundo Campos Neto, o acidente que vitimou 228 pessoas impactou o PIB brasileiro, retirando 0,20% da projeção de crescimento inicial.
Inflação, juros e linhas de crédito
Explicar os motivos que fizeram a projeção para o PIB de 2019 diminuir não foi o único assunto debatido na apresentação do presidente do Banco Central.
Campos Neto abordou também os cenários futuros envolvendo as expectativas para inflação, juros e linha de crédito no País. E esbanjou otimismo.
Segundo o presidente do BC, o cenário positivo para a inflação abre as portas para um ajuste adicional da Selic “de igual magnitude ao realizado no mês de outubro”. Na ocasião, o Banco Central baixou a Selic de 5,50% para 5% ao ano.
Campos Neto defendeu a ideia de que a conjuntura econômica atual “prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da estrutural”.
O presidente do Banco Central reafirmou que a recuperação do crédito no Brasil segue “robusta”, pois houve redução do custo e aumento no volume concedido.
Ao falar sobre linhas de crédito, Campos Neto defendeu a educação financeira como chave para sanar um dos problemas mais caros da modalidade, qualificou o cheque especial como “linha de crédito regressiva” e adiantou que o home equity (crédito com garantia de imóvel) tem elevado potencial de crescimento no País.
Transferiu, caiu na conta
Uma das novidades da conversa de Campos Neto com os dirigentes das fintechs tratou dos pagamentos instantâneos, hoje realizados somente em dias úteis.
Segundo o presidente do BC, o planejamento para 2020 é para que as transferências monetárias eletrônicas sejam feitas 24 horas por dia, sete dias por semana, em todos os dias do ano, com disponibilidade imediata dos fundos transferidos.
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