China e Estados Unidos aumentaram as tensões recorrentes no campo econômico. Nesta sexta-feira (22), o governo central, em Pequim, acusou os Estados Unidos de “provocação”, por causa da passagem de dois navios de guerra americanos perto de arquipélagos reivindicados pelo país asiático no Mar do Sul da China. A área cobiçada é também disputada por Taiwan, Filipinas, Brunei, Malásia e Vietnã.
Entretanto, a Marinha dos Estados Unidos realiza operações regulares nessa região. A alegação é fortalecer a “liberdade de navegação”. O país norte-americano afirmou que um de seus navios, o Gabrielle Giffords, passou por Mischief Reef, um atol no arquipélago de Spratly, na última quarta-feira, 20. Já o Wayne E. Meyer teria se aproximado das Ilhas Paracels na quinta, 21, de acordo com o comandante Reann Mommsen, porta-voz da 7ª Frota, com sede no Japão.
Pequim monitora
A resposta de Pequim foi na mesma moeda: enviou navios militares para identificar e monitorar os navios estadunidenses e solicitou que eles se afastassem da área, informou o Comando Sul do Exército de Libertação Popular (EPL, Forças Armadas Chinesas), em comunicado: “pedimos aos Estados Unidos que parem com esse tipo de comportamento provocativo e arriscado, para evitar incidentes imprevistos”.
A movimentação militar não é a única maneira de atuar nesse tabuleiro tenso. Há ainda a narrativa. O exército chinês reafirma que a insistência de Washington na chamada “liberdade de navegação” é apenas um “pretexto”. Tradicionalmente, Pequim inclui em seus mapas a porção do Mar da China Meridional sobre a qual afirma ter soberania territorial.
Do lado norte-americano, o comandante Mommsen afirma que seu país continuará “navegando e agindo onde o direito internacional permitir, independentemente de reivindicações marítimas abusivas e do contexto geral”.
China e Estados Unidos estão envolvidos em uma guerra comercial há um ano e meio e, nos últimos meses, sofreram atritos com a situação em Hong Kong.
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