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Paulo Guedes pode ser convocado pelo Senado para explicar declarações sobre AI-5

Paulo Guedes pode ser convocado pelo Senado para explicar declarações sobre AI-5

Depois de Eduardo Bolsonaro, agora chegou a vez do ministro Paulo Guedes ter de se explicar sobre a entrevista em que citou a possibilidade de o País ter de viver um novo AI-5. A Agência Senado informou que senadores da oposição enviaram notas de repúdio ao Conselho de Ética da Presidência da República exigindo explicações […]

Depois de Eduardo Bolsonaro, agora chegou a vez do ministro Paulo Guedes ter de se explicar sobre a entrevista em que citou a possibilidade de o País ter de viver um novo AI-5.

A Agência Senado informou que senadores da oposição enviaram notas de repúdio ao Conselho de Ética da Presidência da República exigindo explicações do ministro da Economia de Jair Bolsonaro.

“Esse fato é grave. Já não é a primeira vez que se fala em AI-5. Nós já temos uma violação total de direitos, e agora não estão querendo respeitar a espinha dorsal do Estado democrático de direito, que é a Constituição da República Federativa do Brasil”, comentou Fabiano Contarato, da Rede (ES).

Rogério Carvalho, do PT, também do Espírito Santo, foi além e afirmou que ninguém pode concordar com esse tipo de manifestação que propõe fechar o Congresso ou o Supremo Tribunal Federal e que isso é algo “de cunho autoritário”.

Humberto Costa, também do Partido dos Trabalhadores, aproveitou a ocasião para jogar a pressão não somente sobre Guedes, mas no governo de Jair Bolsonaro como um todo.

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“Nós sabemos que essa política implementada pelo governo Bolsonaro, por intermédio do senhor Paulo Guedes, tem gerado sofrimento para a população, aumento da desigualdade, volta da fome, pessoas que passam a morar na rua. O presidente, sabendo que em algum momento a população vai cobrar essa conta, quer desde agora ameaçar o povo, tentar cercear a liberdade de organização, de expressão”.

Os únicos senadores a saírem em defesa de Paulo Guedes foram Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Para eles, a fala do ministro foi “retirada de contexto” e Guedes tem apresentado “uma conduta correta”. Pacheco acrescentou ainda que “se houvesse um traço da intenção da volta do AI-5, assinaria um manifesto de repúdio”, mas que não percebeu na fala dele tal ideia.

A declaração de Paulo Guedes

Para quem não leu ou não se lembra do início da discussão, tudo começou quando Paulo Guedes procurou fazer uma crítica aos opositores do governo, mas acabou citando um dos marcos mais repressores da Ditadura Militar para justificá-la.

“Sejam responsáveis, pratiquem a democracia. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é estúpido, é burro, não está à altura da nossa tradição democrática”.

O que foi o AI-5

O AI-5 citado por Eduardo Bolsonaro e, agora, pelo ministro da Economia, foi um ato baixado durante o governo Costa e Silva, um dos cinco generais que governaram o Brasil durante o período da ditadura militar.

O ato é, até hoje, considerado um dos mais repressivos da ditadura, pois cassou mandatos de políticos e suspendeu direitos garantidos pela Constituição.